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O ano de 2016 fica na história como o mais marcante de sempre do futebol português, face à conquista do Europeu, em França, após uma final dramática e digna de um filme de Hollywood, com Éder a resolver.
Além do feito inédito da seleção portuguesa, 2016 viu Cristiano Ronaldo sentar-se pela quarta vez no ‘trono’ do futebol mundial e o Benfica alcançar o ‘tri’, o que não sucedia desde 1977, após vencer uma ‘maratona olímpica’ à frente do eterno rival e vizinho Sporting.
Pela primeira vez, o futebol feminino aparece no balanço anual do futebol nacional e tudo graças à seleção das ‘senhoras’, que pela primeira vez assegurou a presença numa fase final de uma grande competição, no caso o Europeu de 2017.
Em 366 dias, muito aconteceu no futebol nacional, mas o 10 de julho será relembrado e revivido nos tempos próximos como a data em que Portugal conquistou o seu primeiro título, depois de décadas de tentativas falhadas, algumas tendo mesmo ficado a ‘milímetros’ de agarrar o troféu.
Em solo gaulês, Portugal chegou à final do Euro2016 depois de uma campanha algo atribulada, com apenas empates na fase de grupos e uma vitória durante os 90 minutos nos jogos a eliminar, para, na final, bater a França por 1-0, após prolongamento, num duelo que entrou para a história da prova.
Não só a seleção portuguesa ultrapassou a mais que favorita França, mas conquistou o Campeonato da Europa sem a sua grande estrela em campo e com o mais improvável dos jogadores a marcar o golo da vitória. Um argumento que muito se repete nos filmes de Hollywood, mas que desta vez aconteceu mesmo.
Classificado por muitos como o ‘patinho feio’ da seleção portuguesa, Éderzito António Macedo Lopes, conhecido apenas como Éder, chutou do meio da rua aos 109 minutos e marcou o golo mais importante de sempre do futebol português.
Em Paris, num Stade de France ruidoso no apoio aos ‘bleus’, a tarefa de Portugal já era muito difícil desde o início, mas tudo ficou mais ‘negro’ quando Cristiano Ronaldo teve que abandonar o relvado ainda na primeira parte devido a lesão, no resultado de uma entrada muito dura de Payet.
A seleção nacional aguentou, sofreu e cumpriu a ‘profecia’ do técnico Fernando Santos, que a meio da competição, perante as criticas ao estilo jogo da equipa, garantiu que só iria regressar a Portugal a 11 de julho e em festa. E assim foi.
A conquista do Euro2016 colocou o treinador de 62 anos pela primeira vez no pódio dos melhores do mundo para a FIFA (irá descobrir no início de 2017 se ficou no lugar mais alto) e sobretudo ajudou Cristiano Ronaldo a tornar-se pela quarta vez o melhor entre os melhores.
Com a conquista do Europeu com Portugal e da Liga dos Campeões com o Real Madrid (na companhia de Pepe e derrotando na final o compatriota Tiago, do Atlético Madrid), o avançado luso ‘convenceu’ e conquistou pela quarta vez na carreira a Bola de Ouro, agora apenas com ligação à revista francesa France Football, e preparar-se para vencer o prémio FIFA.
A nível nacional, o Benfica festejou a conquista do tricampeonato, algo que não alcançava desde 1977, com a I Liga a ser decidida apenas na última jornada e após uma luta ‘titânica’ com o Sporting, liderado por Jorge Jesus, que tinha sido treinador dos ‘encarnados’ nas últimas seis épocas.
Os comandados por Rui Vitória, na sua primeira experiência num ‘grande, terminaram com dois pontos de vantagem sobre o rival de Alvalade, tendo precisado de 12 vitórias consecutivas a acabar para festejar no Marquês de Pombal.
Dias depois, no Jamor, o Sporting de Braga levantou pela segunda vez na sua história a Taça de Portugal, ao bater nos penáltis o FC Porto, que pelo terceiro ano seguido não conquistou qualquer troféu, algo inédito na presidência de Pinto da Costa, um ‘reinado’ que dura há mais de 30 anos.
A Taça da Liga, para não variar, foi arrebatada pelo Benfica, que, na final, goleou o Marítimo por 6-2, sendo que, já esta época, os ‘encarnados’ também venceram a Supertaça, ao baterem o Sporting de Braga por 3-0.
No feminino, a seleção lusa marcou a sua posição e garantiu um lugar na fase final do Campeonato de Europa, que se vai realizar na Holanda, algo único no futebol nacional.
Em Cluj, perante a Roménia, na segunda mão do ‘play-off’, um golo de Andreia Norton, também no prolongamento, levou a formação de Francisco Neto para o Europeu.
De regresso ao futebol masculino, destaque também para a seleção de sub-17, que se sagrou campeã europeia, no Azerbaijão.
