Crónica: Mitroglou dá vitória sofrida ao líder Benfica em Braga

O avançado grego voltou a ser decisivo, cinco dias após também ter marcado o único golo da vitória das ‘águias’ sobre o Borussia Dortmund, na Liga dos Campeões.

O golo surgiu aos 80 minutos, com Mitroglou a ser letal depois de, muito ao seu jeito algo desengonçado, ter ludibriado dois adversários e dado três pontos que permitem ao Benfica retomar a liderança perdida provisoriamente para o FC Porto.

Foi uma vitória suada de uma turma de Rui Vitória algo amorfa e que esteve longe de realizar uma grande exibição, tendo mesmo, durante várias fases, tido que sofrer perante o melhor Sporting de Braga da época.

Agressivos e mais frescos fisicamente, os minhotos fizeram um bom jogo e tiveram uma bola no poste (Battaglia, 37), mas somaram o quinto jogo sem vencer no campeonato e, pelo meio, perderam a final da Taça da Liga para o Moreirense (1-0).

Em oito jogos na liga sob o comando técnico de Jorge Simão, o Braga só ganhou duas vezes (três empates e três derrotas).

O jogo começou equilibrado, mas muito intenso a meio-campo e, aos poucos, o Sporting de Braga foi ganhando essa ‘batalha’ fruto de uma maior agressividade que parecia surpreender os ‘encarnados’.

Fejsa e, sobretudo, Pizzi perdiam muitas vezes diante de Battaglia e Assis, sendo que Pedro Santos e Alan eram bem mais ágeis e úteis a defender do que os também alas Rafa e Zivkovic.

Rui Fonte rematou com estilo, mas à figura de Júlio César mas, no mesmo minuto (29), o Benfica teve a sua melhor ocasião da primeira parte: cruzamento de Rafa da direita, Marafona defendeu contra Mitroglou e a bola não entrou por pouco.

A melhor oportunidade deste período surgiria, contudo, para os da casa, com Battaglia a cabecear ao poste após canto de Pedro Santos da direita (37). Júlio César estava batido.

Ricardo Ferreira saiu ao intervalo (lesionado), entrando Artur Jorge para o seu lugar e o técnico dos minhotos refrescou o ataque com Cartabia e Rodrigo Pinho, ao passo que Rui Vitória apostou em Carrillo (60) e Jiménez (72) para os lugares de Salvio e do muito apagado Zivkovic.

Na segunda parte, o jogo desenrolou-se mais longe das duas balizas e foram raras as reais situações de golo.

Aos 77 minutos, Eliseu perdeu a bola a meio-campo e precipitou rápido contra-ataque do Braga com Battaglia a galgar terreno e a servir Rodrigo Pinho, mas o avançado rematou à figura de Júlio César (77).

Mas o Benfica chegaria ao golo num lance semelhante: perda de bola de Assis na zona intermédia, Jiménez descobre Mitroglou na direita e o grego, com alguma sorte no ressalto, ganha a Marcelo Goiano e Pedro Santos e remata para o fundo das redes (80).