LC: Juventus falhou duas finais europeias por culpa do Benfica

A formação de Turim soma três apuramentos em cinco eliminatórias e sete vitórias em 13 jogos, a mais importante face ao FC Porto, que bateu por 2-1 na final da edição 1983/84 extinta Taça das Taças.

Em termos globais, a ‘velha senhora’ tem, assim, um bom registo face a equipas lusas e que só não é melhor por culpa do Benfica, responsável pelos seus quatro desaires e pelas duas eliminações, em 1967/68 e, mais recentemente, em 2013/14.

A Juventus há muito sabia que iria receber no seu estádio a final da Liga Europa de 2013/14 e, depois de ‘cair’ da ‘Champions’, chegou às meias-finais da prova, nas quais era favorita frente aos ‘encarnados’, de Jorge Jesus.

A primeira mão foi na Luz e os lisboetas venceram por 2-1, com tentos do argentino Garay, logo aos dois minutos, e do brasileiro Lima, aos 85. Pelo meio, aos 73, o argentino Carlos Tevez faturou para os italianos.

Em casa, os transalpinos apenas precisavam de vencer por 1-0, mas um Benfica heroico segurou o ‘nulo’, muito tempo reduzido a 10, face à expulsão de Enzo Perez (67 minutos), e depois a nove, por culpa da lesão de Garay, que não disputou os ‘longos’ oito minutos de descontos.

A formação lusa ‘roubou’, assim, a final à Juventus, repetindo o que conseguira 46 anos antes, em 1967/68, então nas meias-finais da Taça dos Campeões Europeus e de forma bem mais clara, com dois triunfos.

Os comandados do brasileiro Otto Glória venceram em casa por 2-0, com tentos dos malogrados José Torres, aos 63 minutos, e Eusébio, aos 69, e, na segunda mão, ganharam em Turim por 1-0, com novo golo do ‘rei’, aos 68.

Entre estas duas eliminatórias, em 1992/93, a Juventus sofreu mais um desaire (2-1) com o Benfica, na primeira mão dos quartos de final da Taça UEFA, na Luz.

Dois golos de Vítor Paneira, aos 11 e 76 minutos, contra um de Gianluca Vialli, aos 58, de grande penalidade, deram vantagem ao ‘onze’ de Toni, que cairia em Turim, por 3-0.

O alemão Jürgen Kohler, aos dois minutos, e Dino Baggio, aos 45, após cantos, e Fabrizio Ravanelli, aos 67, apuraram a ‘Juve’, sendo que o marcador do segundo tento terá carregado Silvino no primeiro, obrigando-o a ser substituído por Neno.

Se só venceu um de seis jogos com o Benfica, somando mais um empate e quatro desaires, a Juventus ganhou seis dos sete com as outras equipas lusas, cedendo apenas um empate (0-0) nas Antas, na fase de grupos da ‘Champions’ de 2001/02.

A ‘maior’ vitória da ‘vecchia signora’ face a conjuntos lusos é, precisamente, face ao FC Porto, que bateu por 2-1 na final da Taça das Taças de 1983/84, em Basileia, com tentos de Vignola e Boniek, contra um de António Sousa.

A ‘Juve’ ainda superou os portistas em 2001/02, por 3-1, na segunda volta da fase de grupos da Liga dos Campeões, num embate em que o ‘onze’ de Octávio Machado até marcou primeiro, aos 13 minutos, quando o brasileiro Clayton bateu Gianluigi Buffon, ainda, 15 anos depois, titular da equipa de Turim.

Antes do intervalo, aos 32 minutos, Alessandro Del Piero restabeleceu a igualdade, para, na segunda parte, o uruguaio Paolo Montero, aos 47, e o francês David Trezeguet, aos 73, completarem a reviravolta.

Face às outras equipas portuguesas, a Juventus só colecionou vitórias, duas perante o Vitória de Setúbal (3-1 em casa e 2-0 fora) e outras tantas sobre o Marítimo (1-0 fora e 2-1 em casa), na segunda ronda das edições 1966/67 e 1994/95 da Taça UEFA, respetivamente.

Juventus versus portugueses:

Época Prova Adversário 1.ª mão 2.ª mão Desfecho
66/67 TU/2 Vitória de Setúbal 3-1 (C) 2-0 (F) Apurada
67/68 TC/MF Benfica 0-2 (F) 0-1 (C) Eliminada
83/84 TT/F FC Porto 2-1 (N) VENCEDORA
92/93 TU/QF Benfica 1-2 (F) 3-0 (C) Apurada
94/95 TU/2 Marítimo 1-0 (F) 2-1 (C) Apurada
01/02 LC/FG1 FC Porto 0-0 (F) 3-1 (C) -
13/14 LE/MF Benfica 1-2 (F) 0-0 (C) Eliminada

Balanço:
Final: 1 (vencedora).
Eliminatórias: 5.
Apurada 3.
Eliminada: 2.
Jogos: 13.
Vitórias: 7.
Empates: 2.
Derrotas: 4.
Golos marcados: 18.
Golos sofridos: 11.