Crónica: Tondela perde com o Boavista e marca passo na luta pela manutenção

A derrota mantém o Tondela no 17.º posto, com 23 pontos, a dois do Moreirense, 16.º, que, contudo, só joga este domingo.

O golo ‘axadrezado’ surgiu aos 66 minutos, por Iuri Medeiros, e permite ao Boavista aproximar-se dos dois objetivos entretanto fixados pelo seu técnico, Miguel Leal, que são igualar a melhor classificação desta década (10.º lugar) e fazer 40 pontos.

O encontro foi pouco interessante e o Boavista só não ganhou por uma margem superior por culpa própria, pois teve várias ocasiões de golo.

O avançado maltês Schembri voltou a ser titular entre os locais, por troca com o peruano Bulos, que nem sequer foi para o banco, mas pouco acrescentou à equipa, além da grande entrega, que é uma das suas marcas.

O Tondela vinha de duas vitórias consecutivas e foi uma desilusão, apresentou-se neste jogo com muitas cautelas e, com um futebol desligado, pouco trabalho deu à defesa axadrezada.

Sem forçar muito, o Boavista dominou quase sempre o meio-campo e o encontro e, num contra-ataque rápido, aos 19 minutos, finalizado com um remate forte de Iuri Medeiros, lançou o primeiro aviso sério ao guardião Cláudio Ramos.

Na ponta final da primeira parte, os locais estiveram várias vezes perto do golo, primeiro por Schembri (44), depois por Bukia (45) e por fim através de Fábio Espinho (45+1).

A segunda parte foi similar à primeira, com o Boavista autoritário a meio-campo, forte nas segundas bolas e também perdulário, como aconteceu aos 55 minutos, quando Anderson Carvalho, a poucos metros da baliza contrária e sem oposição, falhou uma ocasião clara de golo, após cruzamento de Iuri Medeiros.

O Tondela permaneceu acantonado no seu meio-campo e longe da baliza adversária, mas aos 64 minutos teve a sua grande oportunidade, por Heliardo, que se isolou, rematou e viu Vagner defender para a frente e Jhon Murillo chegar atrasado para a recarga

Dois minutos, o Boavista fez o 1-0 numa bela jogada entre Schembri, Tiago Mesquita e Iuri Medeiros, que finalizou e deu justiça ao resultado.

Esperava-se a reação do Tondela, mas foi o Boavista que continuou dominador e a criar situações de perigo, o que aconteceu aos 72 e aos 90 minutos, por Renato Santos e por Fábio Espinho, que só não marcaram porque Cláudio Ramos esteve, uma vez mais, muito bem.