Declarações dos treinadores do Benfica e do Belenenses, no final do jogo da terceira jornada da I Liga portuguesa de futebol, que os 'encarnados' venceram por 5-0.
Rui Vitória (treinador do Benfica): "Felizmente tenho estado satisfeito nestas primeiras jornadas. Vimos hoje uma verdadeira equipa a funcionar como tal, que soube muito bem o que tinha a fazer em todos os momentos. Fizemos cinco golos, estes dois últimos já no fim deixaram o resultado mais condizente com a exibição. Hoje fomos muito fortes, coletivamente estivemos muito bem. Fizemos cinco golos de forma justa e meritória perante um adversário de qualidade.
(Sobre a atuação de Jonas, autor de três golos) Perante a exibição coletiva que fizemos e o jogo que fizemos - fazer bem as coisas mais simples -, particularizar num jogador é reduzir algo que não deve ser reduzido.
(Sobre a importância de marcar logo aos dois minutos) Entrámos forte, hoje queríamos também entrar forte. As coisas não nascem por acaso. Foi logo ao início, mas podia ter sido mais à frente. Jogar contra o Benfica quando estamos num momento de disponibilidade física e mental não é fácil, porque temos uma grande variabilidade. Umas vezes foi com o jogo por fora, outras no jogo por dentro. Há um primeiro golo que, de facto, abre o jogo, mas 5-0 não deixa nada a dizer.
(Sobre a aparente facilidade nos triunfos dos ?grandes') Na semana passada vimos todos a dificuldade que os três grandes tiveram para ganhar. Uma das coisas que temos no nosso campeonato é que podemos ter agora um jogo assim e outro a seguir muito complicado. Não há um padrão. Uma das grandes riquezas que uma equipa como a nossa tem de ter é perceber estes contextos. Nunca sabemos qual é o jogo decisivo. O foco tem de ser total em todos os jogos.
(Sobre as lesões de Salvio e André Almeida) Estamos numa altura muito prematura e o jogo acabou há pouco tempo. O André andou durante a semana com algumas limitações e acabámos por poupá-lo nos momentos finais. O Salvio ainda vamos ver a questão do joelho e a sua gravidade, mas esperamos que não seja nada para poder ter todos os jogadores disponíveis e ter as boas dores de cabeça de escolher onze.
(Sobre a boa entrada na Liga) Fizemos hoje o que tínhamos a fazer: respeitar o adversário, saber o que o Belenenses ia fazer e jogar em função disso. Sabíamos que tínhamos jogos de grau de dificuldade elevado e jogámos muito bem. Vem agora um jogo muito difícil e estamos preparados para ele. Há muito mérito deste grupo, que tem feito um trabalho fantástico.
(Comentário à exibição de Filipe Augusto no lugar de Fejsa) A equipa até tentou pressionar essa zona. Significa que os jogadores entendem que as oportunidades surgem a qualquer momento e que a nossa forma de ver o jogo é muito coletiva e automatizada. Percebemos as realidades de cada jogador e moldamos o nosso jogo em função das caraterísticas de cada um. Temos jogadores com tipologias diferentes e todos vão dando resposta. Um jogo é fundamentalmente um jogo de tomadas de decisão e de inteligência. Fico satisfeito que o Filipe tenha estado muito bem."
Domingos Paciência (treinador do Belenenses): "O jogo praticamente ainda não tinha começado e já estávamos a perder. Um golo sofrido aos dois minutos coloca em causa a estratégia de jogo. Cometemos dois erros em que ditámos o fecho deste jogo. A equipa trabalhou, discutiu o jogo, teve uma oportunidade. Depois, na segunda parte, a equipa esteve melhor e no fim voltou a quebrar.
(Sobre a continuidade de uma defesa com três centrais) O Belenenses já não perdeu por três e por quatro a jogar com outros sistemas. Sabíamos perfeitamente o adversário que íamos enfrentar. Há que assumir a responsabilidade. Há jogos para fazer, este jogo era do nosso campeonato, mas era difícil obter um bom resultado.
(Sobre qual o candidato ao título mais forte) O campeonato tem três jornadas. Neste momento, é difícil dizer que o Benfica está melhor que o Porto e que o Porto está melhor que o Sporting. A equipa que conseguir ser mais regular consegue os seus objetivos. Há coisas que estão a ser consolidadas e com a minha equipa passa-se o mesmo. Ainda é muito precoce.
(Sobre um eventual impacto da goleada na equipa) Acho que não. Os jogadores têm consciência do que fizeram e não fizeram e que no próximo jogo em casa temos de ganhar. São três pontos que estão em causa. Era um jogo bastante difícil e este não era o resultado que eu esperava. É um exame demasiado forte para pôr em causa as fragilidades ou mais-valias que possamos ter. Não pode pôr em causa nada do que estamos a fazer. Mesmo perdendo da forma que perderam, não lhes posso apontar nada. Temos consciência do caminho que temos traçado e não é este resultado que nos vai atirar ao chão."
Confira aqui tudo sobre a competição.
Siga-nos no Facebook, no Twitter, no Instagram e no Youtube.