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Líder dos SuperDragões proibido de frequentar recintos desportivos

O líder da claque do FC Porto SuperDragões, Fernando Madureira, foi proibido de frequentar recintos desportivos durante seis meses e multado em 2.600 euros, devido aos cânticos alusivos aos brasileiros da Chapecoense.

Líder dos SuperDragões proibido de frequentar recintos desportivos

Fonte oficial do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) confirmou hoje à Lusa o castigo imposto a Fernando Madureira, devido a cânticos que aludiam à queda do avião do clube brasileiro como forma de hostilizar o Benfica, no jogo de andebol entre os ‘dragões’ e os ‘encarnados’, em 12 de abril último.

A provocação dizia "quem me dera que o avião da Chapecoense fosse do Benfica" e foi cantada durante todo o encontro disputado no Dragão Caixa, que terminou com a vitória dos ‘azuis e brancos', por 30-27.

Em comunicado, a direção da claque assegurou que Madureira vai recorrer deste castigo, que o impediria ainda de alinhar no Canelas 2010, clube da Série B do Campeonato de Portugal de futebol no qual joga.

A SuperDragões manifestou "total surpresa e repúdio" pelo castigo aplicado a Madureira, considerando a medida "verdadeiramente absurda e sem qualquer fundamento legal conforme será provado nas instâncias competentes" e "absolutamente inédita pois jamais um cidadão foi punido por entoar um qualquer cântico, fosse ele mais ou menos ofensivo".

"Mas ainda mais inédito, e quiçá alvo de um novo recorde mundial, é alguém ser castigado por um cântico que não entoou", lê-se no comunicado da claque.

A claque considera “ironia das ironias” o castigo ser conhecido após a interrupção de jogos devido a desacatos com adeptos, questionando se serão penalizados os responsáveis pela paragem do encontro da I Liga entre Vitória de Guimarães e Benfica.

“Ficamos, portanto, a saber que no desporto em Portugal, um cântico é mais grave do que violência física praticada contra outros adeptos ou forças de autoridade. Mas até os próprios cânticos têm cor clubística pois aqueles que aludem a crimes como o ‘very light’ no Jamor continuam a ser permitidos e não sofrer qualquer punição”, prossegue a claque.

A estrutura assumiu a confiança de que Fernando Madureira vai continuar a frequentar recintos desportivos, assim como a “revolta” com esta punição: “Se calhar, num país onde a ilegalidade continua a ser premiada, está na altura de mudar de comportamentos e deixar de colaborar ativamente com forças de segurança e demais instâncias responsáveis por eventos desportivos para que depois os Senhores do Futebol provem do seu próprio veneno”.

Na sequência dos referidos cânticos, a Federação de Andebol de Portugal (FAP) emitiu uma nota de repúdio, considerando-os violadores das regras de ‘fair-play’ e desportivismo, tendo remetido o caso para o Conselho de Disciplina.

Os cânticos reportavam-se ao acidente de avião sofrido pela equipa de futebol brasileira Chapecoense em 28 de novembro de 2016, quando viajava para disputar na Colômbia a primeira mão da Taça sul-americana, provocando a morte a 71 pessoas.

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