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Crónica: Coesão defensiva e eficácia no terceiro título do Atlético Madrid

O Atlético Madrid conquistou hoje a Liga Europa de futebol pela terceira vez ao vencer na final o Marselha por 3-0, num jogo em que a coesão defensiva, a frieza e a eficácia da equipa espanhola ditaram as regras.

Crónica: Coesão defensiva e eficácia no terceiro título do Atlético Madrid

Já se sabia que o Atlético Madrid é uma equipa matreira, com uma matriz de jogo assente numa sólida organização defensiva e na exploração eficaz do contra-ataque e dos erros defensivos do oponente, mas o Marselha não foi capaz de o contrariar no Parque Olympique Lyonnais, em Lyon.

A jogar em ‘casa’, a equipa gaulesa entrou forte, a impor o seu jogo e a forçar o Atlético a defender junto à sua área, criando logo aos quatro minutos uma grande oportunidade de golo, desperdiçada por Valere Germain, que surgiu em posição privilegiada para finalizar e rematou por cima da barra.

O Marselha dominou os primeiros momentos do encontro, mas aos 21 minutos cometeu um erro defensivo pelo qual pagou caro, num lance em que o guarda-redes Mandanda colocou a bola em Anguissa, mas este deixou-a escapar dos pés para Gabi, que tocou para Griezmann, o qual, isolado, abriu o marcador.

Depois de 20 minutos a defender com o bloco baixo, com dificuldades em suster o caudal atacante do Marselha, a equipa do ausente Diego Simeone – suspenso - colocou-se em vantagem, confirmando o cinismo e a capacidade que tem de aproveitar os erros do adversário, tal como fez em Madrid frente ao Sporting, na primeira mão dos quartos de final da prova.

Sem o português Rolando, que ficou no banco de suplentes, o Marselha sofreu outro contratempo com a lesão de Dimitri Payet, ‘pedra-chave’ na organização ofensiva equipa, que obrigou Rudi Garcia a substitui-lo por Maxime Lopez, aos 32 minutos.

Ao intervalo, a equipa gaulesa tinha 62% de posse de bola contra 38 do Atlético, o que reflete bem quem é que deteve quase sempre a iniciativa e o controlo do jogo e que cometeu um erro pelo qual pagou preço alto.

A segunda parte começou com novo erro do Marselha, não tão grave como o que resultou no primeiro golo, mas que esteve na origem do segundo. Num lançamento lateral a favor dos gauleses, a meio-campo, o Atlético recuperou a bola e lançou o seu mortífero contra-ataque para fazer o 2-0 pelo incontornável Griezmann, cuja qualidade técnica e frieza voltaram a ser determinantes no ‘cara a cara’ com o guarda-redes Mandanda.

A partir deste golo, o Marselha ainda esboçou uma reação, mas foi quebrando animicamente à medida que o tempo passava e que o Atlético ia gerindo a posse da bola, agora menos pressionado pelo adversário já sem a mesma frescura física e anímica.

O treinador francês lançou Mitroglou, ex-avançado do Benfica, a um quarto de hora do fim, e o grego mostrou nesse curto período que Rudi Garcia o deveria ter feito entrar mais cedo, chegando mesmo a rematar de cabeça ao poste, aos 80, naquele que foi o ‘canto do cisne’ dos franceses.

Aproveitando o balanceamento ofensivo do Marselha, o Atlético ainda fez terceiro golo aos 88 minutos, por Gabi, num lance em que apanhou a defesa adversária descompensada para confirmar a conquista do troféu pela terceira vez, depois de 2010 e 2012.

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