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Emissão de obrigações da FC Porto SAD com procura duas vezes superior à oferta

A emissão de obrigações da FC Porto SAD para 2018-2021 já tinha procura a superar o montante da oferta logo ao segundo dia, com o total de pedidos, no final do prazo, a quase duplicar os 35 milhões oferecidos.

Emissão de obrigações da FC Porto SAD com procura duas vezes superior à oferta

Os resultados da emissão, hoje apresentados na Euronext Lisbon, dão conta de 28 milhões de euros de procura logo no primeiro dia da subscrição, a 16 de maio, um valor que foi subindo até aos 66.296.125 euros, quando foi dada por encerrada a subscrição da emissão, que foi coordenada pelo Montepio com mais oito bancos.

A emissão - nona obrigacionista da FC Porto SAD em 20 anos - pagará juros semestrais à taxa anual de 4,75%, um acréscimo de 0,50 pontos percentuais face à obrigação que vence em 2020.

Ainda assim, Fernando Gomes, administrador da SAD do 'dragão', considera que a taxa é "muitíssimo competitiva" e que "se pagaria mais em qualquer banco".

Fernando Gomes admitiu que a diferença da taxa, em um ano apenas, poderá ter sido influenciada pelo adiamento de seis meses do reembolso na Sporting SAD. "Chegámos a ter alguma preocupação com a influência dessa situação", disse, reforçando, no entanto, "a qualidade e o bom nome" neste processo.

O dirigente foi, de resto, crítico das alterações no reembolso da Sporting SAD: "Gostaríamos de poder exigir da banca as condições dadas aos nossos concorrentes... esperamos que não haja concorrência desleal, até porque não há memória de termos falhado uma única vez. Esperamos que não volte a acontecer".

"São as pequenas poupanças que acorrem às obrigações do FC Porto, com procura em todo o país", disse ainda, vincando que a situação do FC Porto "permitiu não ir até aos 45 milhões de euros".

Com efeito, as obrigações interessaram a 3.212 investidores, dos quais 58% efetuaram subscrições iguais ou inferiores a 1.000 euros, e apenas 4,1% acima dos 50.000 euros. Os principais vendedores foram o próprio Montepio, o BCP e o BPI.

A verba alcançada destina-se à atividade corrente do futebol do clube, "num período de receitas frágeis e despesas elevadas", disse ainda Fernando Gomes.

O FC Porto foi a primeira SAD cotada em bolsa, há 20 anos, período em que fez dois aumentos de capital, uma emissão de 'warrants' e nove de obrigações, sendo que as dos últimos dias se vencem em 2020 e 2021. O clube é o principal acionista, com 76 por cento da SAD.

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