Crónica: Inspiração de Golovin conduz Rússia a goleada face à Arábia Saudita

O jogador do CSKA Moscovo teve participação determinante em quatro dos cinco golos e fechou o embate da melhor forma, aos 90+4 minutos, ao executar de forma perfeita um livre direto, após assistências para o primeiro e o terceiro.

Por seu lado, Yury Gazinsky marcou, aos 12 minutos, o tento inaugural, o suplente Denis Cheryshev ‘bisou’, aos 43 e 90+1, e Artem Dzyuba também saiu do banco para faturar, aos 71, sendo que a Rússia escreveu, assim, o mais desequilibrado jogo inaugural dos Mundiais, superando os 4-0 do Brasil ao México, em 1950.

A Rússia, que não tinha vencido nenhum dos últimos sete jogos disputados, quatro deles em 2018, e que em Mundiais não ganhava desde 2002 (2-0 à Tunísia), logrou o seu maior triunfo desde o 6-1 aos Camarões, em 1994, enquanto os sauditas somaram o 11.º jogo consecutivo sem ganhar na prova (dois empates e nove derrotas).

O encontro começou equilibrado, com os sauditas a tentar jogar no meio campo contrário, mas, beneficiando de sucessivos passes falhados pelo adversário, os russos não demoraram a assumir o comando e a passar para a frente do marcador.

Aos 12 minutos, Golovin recebeu a bola sobre a esquerda do ataque russo, levantou a cabeça e colocou a bola na área dos asiáticos, ao segundo poste, onde apareceu Gazinsky a cabecear fora do alcance de um impotente Abdullah.

Em desvantagem, os sauditas passaram a ter ainda mais tempo a bola, mas raramente souberam o que lhe fazer e nunca incomodaram Akinfeev, enquanto os russos eram sempre mais perigosos.

Após várias más definições no último passe, a Rússia chegou, com naturalidade, ao segundo golo, aos 43 minutos, em mais uma jogada iniciada por Golovin, prosseguida por Smolov e finalizada, com grande classe, depois de ‘sentar’ dois sauditas, por Cheryshev, que substituíra o lesionado Dzagoev, aos 24.

Na segunda parte, os russos entraram mais na expectativa e os sauditas ainda ameaçaram, mas só uma vez, quando Alsahlawi e Taiseer chegaram atrasados a um cruzamento da direita.

Os russos não se assustaram, continuaram a controlar os acontecimentos e, aos 71 minutos, acabaram em definitivo com o jogo, num cabeceamento do ‘gigante’ Dzyuba, entrado segundos antes, após mais um centro ‘teleguiado’ de Golovin.

Com tudo resolvido, a Rússia ‘acalmou’ ainda mais o jogo, mas, na parte final, ainda chegou à goleada, com dois tentos nos descontos, um ‘tiro’ de Cheryshev, após toque de cabeça de Dzyuba, e a ‘cereja’, um livre direto superiormente apontado por Golovin.