Crónica: Desportivo de Chaves bate Boavista e conquista primeiros pontos fora

Marcão, de grande penalidade, aos 38 minutos, e o guarda-redes ‘axadrezado’ Helton Leite, aos 48, na própria baliza, depois de um remate de Ghazaryan, marcaram os golos da equipa flaviense, tendo Rochinha reduzido aos 60.

Com este resultado, os transmontanos passaram a ter seis pontos na tabela classificativa e ultrapassaram o Boavista, que se mantém com quatro.

O Boavista somou a segunda derrota no Bessa depois de já ter ali perdido com o Benfica, por 2-0, a 18 de agosto, para a segunda jornada.

Hoje, a equipa começou por dar sinais positivos, fazendo três remates no primeiro quarto de hora e, por vezes, criando alguns sobressaltos junto à baliza de Ricardo, ao passo que o Chaves se manteve na expectativa e ‘descobriu’ a baliza ‘axadrezada’ apenas aos 18 minutos, num remate de Eustáquio para as mãos de Helton Leite.

O perigo rondou então mais a baliza flaviense, sendo disso exemplo o lance em que, aos 20 minutos, Rochinha serviu Mateus, este rematou já na área flaviense e o central Maras, rápido e providencial, desviou para canto.

O canto que se seguiu ofereceu a Neris e depois a Sparagna uma ocasião interessante para um possível desvio fatal, mas tanto um como outro chegaram atrasados e a ocasião perdeu-se.

O Boavista tentou furar o dispositivo defensivo do Chaves com ações conduzidas tanto pelo corredor direito como pelo esquerdo e finalizadas quase sempre por cruzamentos, mas sem qualquer resultado.

Depois dessa fase, contudo, o Boavista baixou de intensidade atacante, David Simão viu um cartão amarelo aos 22 minutos, depois de Idris ter visto outro, logo aos cinco, e o Chaves passou então a arriscar mais no ataque.

O primeiro aviso sério da equipa transmontana à baliza boavisteira ocorreu pouco depois da meia hora, num remate forte de Niltinho, que foi desviado para canto.

Aos 34 minutos, o árbitro entendeu que Neris cometeu penálti sobre William, aparentemente por este ter sido agarrado em plena área, aguardou pelo VAR e viu a sua avaliação confirmada. Marcão, de pé esquerdo, bateu grande penalidade e converteu-a.

A segunda parte começou da pior maneira para o Boavista. Djavan arrancou pelo lado esquerdo, venceu a fraca oposição boavisteira, serviu depois Ghazaryan, este rematou forte, a bola foi ao poste esquerdo da baliza de Helton Leite, embateu nas costas do guardião ‘axadrezado’ e, por fim, seguiu para a baliza.

O Chaves viu-se assim em vantagem por dois golos, aos 48 minutos, devido a uma grande eficácia finalizadora e não ao seu caudal ofensivo, porque neste capítulo o Boavista esteve melhor, tendo, contudo, falhado na concretização.

Descontente, o técnico Jorge Simão substituiu Idris, que hoje pouco deu à sua equipa, e meteu Rafael Costa e fosse por essa ou por outra razão, o Boavista reduziu pouco depois, por Rochinha, rápido a tirar partido de uma descoordenação entre os centrais Maras e Marcão.

O golo entusiasmou os jogadores e os adeptos boavisteiros e, com mais coração do que cabeça, o Boavista lançou-se ao assalto da baliza do Chaves e foi criando lances de perigo e de golo, como quando Talocha cruzou, com muita força, e Rochinha não conseguiu empurrar a bola para baliza.

Nessa altura, já Jorge Simão havia lançado André Claro e Rafael Lopes para os lugares de Mateus e Fábio Espinho, numa aposta clara no ataque para, pelo menos, remediar o resultado desfavorável, mas foi tudo em vão porque o Chaves resistiu, sofreu ainda um grande susto nos segundos finais, e levou os três pontos.