Bruno Lage: «Estamos conscientes da tristeza e desilusão dos nossos adeptos»

“Mais importante do que falar do jogo é falar do momento que atravessamos. Não nos vamos esconder. Estamos num momento em que consecutivamente falhámos penáltis que nos podiam ter dado os pontos e as vitórias que necessitamos. Estamos conscientes da tristeza e desilusão dos nossos adeptos. Não podemos estar a lamentar-nos, porque é tempo perdido. É olhar em frente, seguir, treinar, para resolver este problema de falhar várias oportunidades de golo, de não nos conseguirmos colocar primeiro em vantagem e depois termos de andar a correr atrás do prejuízo.

Estamos num momento em que não conseguimos marcar golos. O Vitória (de Setúbal) retirou-nos a largura e a profundidade, colocou muita gente em cima da sua baliza, com alas a fechar nos corredores, com muita gente por dentro, e nós tentámos desmontar, tirá-los de lá, circular a bola, eles não vinham. Mas as oportunidades que fomos criando não conseguimos marcar, inclusive, novamente, um penálti. Por isso, problemas acontecem sempre de um jogo para o outro, em função daquilo que é a nossa estratégia e a do adversário, mas temos é de arranjar soluções e isso é marcar mais golos que o adversário.

Não consigo falar em termos de futuro. Estivemos um ano a vencer, provavelmente não previam isso e aconteceu. E agora estamos há um mês sem conseguir vencer e talvez ninguém previsse isso. A minha situação foi sempre de vir como sendo uma solução. Por isso, enquanto eu for a solução não há problema nenhum, quando passar a ser problema, também não há problema nenhum.

(Sobre os penáltis falhados por Pizzi nos últimos jogos) É momento. Vão-nos acontecendo estas coisas, por isso não há que retirar a confiança a quem quer que seja. Temos é que lhes dar essa confiança. Marcou o primeiro penálti, e depois foi visível muita areia em ambas as áreas. Não é desculpa, acontece, ele bateu o primeiro, eventualmente a área dicou mais danificada e vocês viram que ele bateu e saltou um pedaço de relva e de areia.

Não falo do futuro. Não vale a pena. Conquistámos apenas um ponto, já tivemos uma desvantagem de sete, já estivemos com uma vantagem de sete, por isso não vale a pena falar do futuro.”