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Percurso «invulgar» deu ao Estrela da Amadora única Taça de Portugal há 30 anos

Um percurso “invulgar”, como “não deve haver nada parecido no mundo inteiro”, permitiu ao Estrela da Amadora conquistar, há exatamente 30 anos, a única Taça de Portugal de futebol do seu historial, recordou o treinador João Alves.

Percurso «invulgar» deu ao Estrela da Amadora única Taça de Portugal há 30 anos

O técnico que conduziu à sua maior conquista o clube lisboeta, extinto em 2011, recordou, em declarações à Lusa, uma campanha com “muitas dificuldades” e na qual os ‘tricolores’ tiveram de “palmilhar muitos quilómetros” até erguer o troféu, após vitória por 2-0 sobre o Farense, que militava no segundo escalão, numa das poucas finalíssimas da história do troféu.

“Tivemos eliminatórias muito difíceis, contra o Sporting de Braga [16 avos de final], em que empatámos em casa (0-0) e no jogo de desempate no Minho [1-1], depois de novo prolongamento, ganhámos por 9-8 num desempate por grandes penalidades onde até os guarda-redes foram obrigados a bater”, lembrou o ‘Luvas Pretas’.

O caminho até ao Jamor ficaria ainda marcado por nova deslocação ao Minho, para eliminar, nas meias-finais, um Vitória de Guimarães que “tinha uma grande equipa”, após empate 1-1 na Amadora e triunfo por 2-1 no Norte, após novo prolongamento.

Tudo antes de uma final frente ao Farense, que militava nesse ano na 2.ª Divisão, e que também precisou de dois jogos para ser decidida entre “duas equipas que se respeitaram e lutaram até aos seus limites”.

“No primeiro jogo as coisas foram equilibradas e o empate acabou por ser justo. Na finalíssima fomos muito melhores e merecemos completamente ganhar essa Taça”, analisou João Alves.

Sob o seu comando, nessa conquista, alinhavam alguns “craques”, tais como Paulo Bento, autor do primeiro golo na finalíssima e que chegou, mais tarde, a “titular da seleção” que representou Benfica e Sporting, assim como Duílio, um “grande capitão” ou o guarda-redes Melo, que chegou a essa final com 40 anos, o que “não era normal”.

“Tivemos também uma série de contrariedades e houve sempre jovens como o Ricardo [Lopes] e o Baroti, que deram uma resposta espetacular, assim como o Chico Oliveira, que já não está entre nós. São coisas que ficam na nossa memória e recordamos com amor, carinho e saudade”, emocionou-se o atual treinador do Cova da Piedade.

Hoje, no entender do técnico, seria mesmo “incomum” que duas equipas a ‘correr por fora’ conseguissem chegar ao Jamor, desde que as meias finais passaram a ser disputadas obrigatoriamente em duas mãos.

“Era possível, até porque fomos obrigados a isso nesse ano, mas haver dois clubes nessa situação não é comum. Mas a lógica do nosso futebol sempre foi haver pelo menos um dos grandes na final da Taça e as exceções são exatamente estas”, comentou o treinador.

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