Atletismo: José Santiago «honrado» por representar Portugal na Maratona de Londres

“É a primeira vez que estou em Londres, mas é a minha 24.ª maratona. [A de] Londres é especial porque é uma ‘major' e trata-se de um campeonato do mundo de grupo de idades. É uma honra competir a este nível”, afirmou hoje, numa conferência de imprensa.

Santiago vai competir no grupo dos 55-59 anos, depois de se ter classificado em 12.º lugar no grupo dos 50-54 anos das séries de qualificação em 2018/2019, mas ter tido de esperar por 2021 para o início do campeonato devido à pandemia covid-19.

Durante um ano, os atletas nesta competição cumprem um período de qualificação, correndo maratonas em todo o mundo para ganhar pontos.

Os melhores classificados em cada um dos nove grupos de idade são convidados para o Campeonato Mundial, cuja primeira prova é a Maratona de Londres e inclui as maratonas de Tóquio, Boston, Berlim, Chicago e Nova Iorque.

Um maratonista tardio, pois só começou a correr a distância aos 40 anos, este louletano tem no currículo maratonas em Lisboa, Porto, Sevilha, Toronto e Grande Muralha da China, esta em 2016, onde terminou em segundo lugar.

Para manter a forma, faz dois treinos por dia e tem um “regime alimentar equilibrado”, tendo por objetivo completar o percurso entre 02:45 horas e 02:47 horas.

“Espero que o tempo ajude”, comentou, numa referência às previsões meteorológicas de tempo instável, com possibilidade de chuva e vento forte.

A primeira edição do Abbott World Marathon Majors Wanda Age Group terá 4.200 corredores de 82 países, incluindo a britânica Eileen Noble, de 86 anos, que vai correr a Maratona de Londres pela 20.ª vez.

“Muitas vezes digo que é a última, mas depois volto”, contou, acrescentando que quer continuar enquanto puder porque “é melhor ser lenta do que não correr”.

A japonesa Yuko Gordon, que corre na categoria dos 70-74 anos, é uma das poucas participantes com uma carreira que incluiu os Jogos Olímpicos Los Angeles1984, a qual terminou em 34.º lugar. Na altura, Rosa Mota foi a medalha de bronze.

“Havia muitos bons atletas e eu sentia que não pertencia lá, porque eu, na altura, era assistente de voo a tempo inteiro. Tirei uma licença de três meses e trabalhei o máximo possível”, recordou Gordon, que disse manter o espírito competitivo.