Liga Nações: Desaire na Suíça complicou, mas Portugal só depende de si

A seleção lusa encerrou a terceira jornada na liderança, com sete pontos, face ao empate 1-1 em Espanha e aos triunfos caseiros face a Suíça (4-0) e República Checa (2-0), mas o desaire em Genebra significou a queda para o segundo lugar.

Desta forma, e depois dos quatro encontros de junho, Portugal soma sete pontos, menos um do que a Espanha, que recebe na última jornada, na terça-feira, em Braga, depois de no sábado atuar na República Checa, onde não pode perder.

O arranque da 'maratona' de quatro encontros em 12 dias foi frente à poderosa Espanha, finalista na última edição, no Estádio Benito Villamarín, em Sevilha, onde os lusos bem puderam agradecer aos espanhóis pelo desperdício de oportunidades, que se traduziu numa igualdade a um golo no final.

Os anfitriões adiantaram-se aos 25 minutos, por Álvaro Morata, servido por Pablo Sarabia, mas, aos 82, Ricardo Horta restabeleceu a igualdade, no segundo jogo pela seleção ‘AA’, depois da estreia em 07 de setembro de 2014, ainda com Paulo Bento.

Naquele que, em teoria, seria o encontro mais complicado de toda a qualificação, o selecionador Fernando Santos surpreendeu todos ao deixar o ‘capitão’ Cristiano Ronaldo entre os suplentes, acabando por lançá-lo apenas aos 62 minutos.

Seguiram-se dois encontros em Lisboa, no Estádio José Alvalade, frente à Suíça (4-0) e República Checa (2-0), nos quais Portugal se apresentou a grande nível, com resultados esclarecedores e exibições convincentes, ainda que tenha existido muito demérito por parte dos suíços.

Se diante dos helvéticos, Ronaldo regressou ao ‘onze’ para anotar um ‘bis’, aos 35 e 39 minutos, – dispôs de outras tantas soberanas chances -, depois de William Carvalho inaugurar o marcador, aos 15, e antes de João Cancelo fechar a contagem, aos 68, contra os checos a figura foi Bernardo Silva.

Uma grande exibição do extremo do Manchester City acabou por revelar-se crucial para os lusos, face à criatividade que lhe é reconhecida e que resultou em assistências para os tentos de João Cancelo (33 minutos) e Gonçalo Guedes (38).

A ‘queda’ lusa, com algum estrondo, acabou por acontecer na cidade de Genebra, perante uma equipa suíça que 'limpou' a imagem deixada nos três encontros anteriores, apresentando-se rejuvenescida e com a ‘muralha’ Jonas Omlin entre os postes, que anulou as inúmeras chances lusas.

Se em Espanha o capitão tinha começado no banco, para o segundo desafio, fora de portas, no Estádio de Genebra, nem sequer viajou com a equipa, tal como João Moutinho, outro dos mais experientes, por “uma questão normal de gestão”, de acordo com o selecionador.

O único golo foi apontado pelo ponta da lança Haris Seferovic, que na altura ainda representava o Benfica, de cabeça, logo a abrir (56 segundos), num lance em que faltou agressividade a Portugal, que ficou a ‘ver jogar’.

Desta forma, e após concluídas quatro jornadas, os lusos estão no segundo posto do Grupo A2, com sete pontos, atrás da líder Espanha (oito), enquanto a República Checa é terceira, com quatro, e a Suíça a última, com três.

No sábado, o encontro entre checos e lusos tem início marcado para as 19:45 (hora de Lisboa), na Éden Arena, em Praga, e será arbitrado pelo sérvio Srdjan Jovanovic. A fase de qualificação fica concluída na terça-feira, diante da Espanha, em Braga.

A formação das ‘quinas’, vencedora da primeira edição da Liga das Nações, em 2019, precisa de vencer o agrupamento para chegar à ‘final four’ da terceira edição, sendo que a segunda foi conquistada pela França, numa final com a Espanha, em 2021.

Os quatro vencedores dos grupos da Liga A qualificam-se para a fase final, que inclui meias-finais, final e partida de atribuição do terceiro lugar. A ‘final four’ da terceira edição da prova será realizada em junho de 2023.