O diretor executivo da Federação Inglesa (FA) levantou a hipótese de uma mudança de paradigma ao considerar a possibilidade de Sarina Wiegman, a selecionadora feminina, assumir o comando da seleção masculina quando Southgate decidir abandonar o cargo.
Em declarações recentes, o dirigente da FA expressou a ideia de que a escolha do melhor profissional para o cargo deve transcender o género.
"Às vezes, as pessoas dizem que é essencial escolher o melhor homem para o trabalho. No entanto, por que razão deve ser necessariamente um homem? A nossa resposta deve sempre ser baseada no critério de escolher a pessoa mais qualificada para a função", afirmou, cujas palavras foram citadas pelo jornal britânico The Sun.
A questão da possível transição de Sarina Wiegman, que atualmente lidera a seleção feminina, para o cenário do futebol masculino, foi abordada com abertura e ponderação pelo dirigente.
"Ela tem todas as capacidades para atuar em qualquer nível do futebol. Se, num determinado momento no futuro, ela decidir fazer a transição para o futebol masculino, seria uma discussão muito interessante. No entanto, essa é uma decisão que compete exclusivamente a ela", acrescentou.
O dirigente sublinhou também a importância de avaliar os candidatos a qualquer cargo com base nas suas competências, independentemente do género.
"Se a pessoa mais qualificada para um determinado cargo é uma mulher, por que não considerá-la? Temos de analisar todos os candidatos, homens e mulheres, e estou confiante de que há uma diversidade e força de talentos tanto masculinos como femininos para qualquer função dentro do futebol nacional", concluiu.
A sugestão de uma possível treinadora para a seleção masculina sinaliza um passo rumo à igualdade de género no desporto, algo que tem sido debatido com muita controvérsia pelos diversos comentadores desportivos internacionais.