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"Justiça condicionada por altos dirigentes protegerem este tipo de pessoas"

O FC Porto está a atravessar um dos períodos mais tumultuosos da sua história, com a detenção do líder da claque Super Dragões, Fernando Madureira, a ser o epicentro de uma série de acontecimentos que agitaram o clube e a comunidade desportiva em geral.

"Justiça condicionada por altos dirigentes protegerem este tipo de pessoas"
Instagram Fernando Madureira

"Como amigo, neste momento mando um grande abraço de solidariedade"

O caso, que também envolveu a detenção de Sandra Madureira, mulher do líder da principal claque dos dragões, entretanto já libertada pela justiça portuguesa, e ainda Fernando Saúl, speaker do Estádio de Dragão, levantou uma série de questões e deu azo a opiniões divergentes no seio da imprensa desportiva nacional.

Neste cenário de incerteza e controvérsia, o presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, decidiu expressar a sua solidariedade para com Fernando Madureira e Sandra Madureira durante a apresentação da sua recandidatura à presidência do clube, no Coliseu do Porto.

"Quero aqui deixar um abraço ao Fernando Madureira e à sua mulher, porque os amigos são para as ocasiões", afirmou Pinto da Costa, destacando a importância da família Madureira no apoio prestado às equipas do FC Porto ao longo dos anos.

"Eles foram fundamentais no apoio que os Super Dragões deram às nossas equipas nos mais variados momentos"

No entanto, o dirigente azul e branco foi rápido em salientar que não pretende interferir nos assuntos judiciais em curso, reforçando que a sua mensagem é de amizade e solidariedade num momento difícil que assola a Família Madureira.

"Não tenho que me imiscuir num problema judicial, não me compete nem tenho nada a ver com a vida das pessoas, agora como amigo, neste momento mando um grande abraço de solidariedade", referiu pinto da Costa.

"Pinto da Costa pode mandar abraços. A Justiça não pode é ficar condicionada"

As declarações de Pinto da Costa geraram um intenso debate na imprensa desportiva nacional, com o ex-jogador do Benfica e atual comentador desportivo, Diogo Luís, a expressar preocupação sobre a influência dos altos dirigentes desportivos nas questões judiciais.

"O Pinto da Costa pode apoiar quem ele quiser e pode mandar abraços a quem ele quiser. A Justiça é que não pode ficar condicionada por isso. E eu acho que é isso que tem acontecido ao longo dos últimos anos, nas últimas décadas", começou por dizer.

Em entrevista à CNN Portugal, citado pelo jornal 'Bancada.pt', Diogo Luís enfatizou a necessidade de separar a esfera desportiva da judicial, alertando para os potenciais riscos de condicionamento do trabalho da Justiça.

"Não pode é condicionar o trabalho da Justiça", frisou o antigo jogador português

"A Justiça fica condicionada pelos altos dirigentes do desporto nacional protegerem este tipo de pessoas. E faz com que não façam o seu trabalho e permitam que eles continuem a crescer, ganhar dimensão, a alastrar a sua capacidade de influência, que torna perigoso depois para a restante sociedade", acrescentou o agora comentador.

"Se ele quiser meter o clube associado a Fernando Madureira, depois são os sócios que vão dar a sua opinião", rematou Diogo Luís.

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