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"Inspetores da PJ e Ministério Público que cabem ao Benfica têm um perfil de atuar diferente"

O Sporting, um dos grandes do futebol português, encontra-se no centro de uma polémica relacionada ao caso de César Boaventura, empresário desportivo recentemente condenado por tentativa de corrupção desportiva.

"Inspetores da PJ e Ministério Público que cabem ao Benfica têm um perfil de atuar diferente"
Vizela

"Parece que não se consegue provar o eventual favorecimento ou interesse do Benfica", observa dirigente do Sporting.

Enquanto os holofotes estão voltados para as ações do empresário português e as consequências legais que enfrentará, uma questão relevante emerge no seio da família sportinguista: por que o Sporting não se constituiu assistente neste processo?

César Boaventura, uma figura conhecida nos meandros do futebol português, foi condenado por tentar influenciar jogadores do Rio Ave durante a época 2015/2016 a favorecerem o Benfica, que acabou por conquistar o título de campeão nacional nesse ano.

Apesar de Boaventura negar veementemente as acusações, o tribunal considerou-o culpado de tentativa de corrupção desportiva. Contudo, o que tem intrigado muitos adeptos e analistas desportivos é a aparente falta de ação do Sporting no contexto deste caso.

Ao contrário de outros clubes que, em situações semelhantes, optam por se constituir assistentes para salvaguardar os seus interesses, os leões permanecem em silêncio, levantando questões sobre o compromisso do clube verde e branco com a integridade desportiva.

Neste sentido, Hélder Amaral, antigo deputado e membro do Conselho Leonino, não escondeu a sua perplexidade perante a postura do emblema de Alvalade neste caso específico.

"O Benfica tem tido sorte: os inspetores da PJ e o Ministério Público que lhe cabe têm um perfil de atuação diferente"

O sócio dos leões questionou publicamente por que o clube não tomou a iniciativa de se constituir assistente no processo, considerando a gravidade das acusações e o potencial impacto nas competições desportivas em Portugal.

"Não percebo qual a razão para o clube abdicar de se constituir assistente em processos que afetam a instituição Sporting", começou por referir Amaral, numa entrevista ao portal Leonino, citado pelo jornal 'Bancada.pt'.

"Não percebo o receio ou a crença em que a Liga ou a Federação Portuguesa de Futebol possa vir a agir de forma diferente do que fizeram até aqui", acrescentou o dirigente leonino.

Além das críticas à omissão do Sporting, Hélder Amaral aproveitou a ocasião para ironizar sobre a "sorte" do Benfica em investigações judiciais.

Amaral insinuou que o clube da Luz tem escapado de situações comprometedoras e sugeriu que o Sporting precisa adotar uma postura mais assertiva na defesa dos seus interesses, mesmo em casos que envolvam outros emblemas.

"O Benfica tem tido sorte: os inspetores da PJ e o Ministério Público que lhe cabe têm um perfil de atuação diferente dos inspetores e procuradores que foram à Madeira fazer buscas às empresas e políticos locais", frisou o ex-deputado.

"Apesar de estarem envolvidos altos funcionários ou agentes beneméritos que atuam em nome do Benfica, parece que não se consegue provar o eventual favorecimento ou interesse do Benfica".

A ideia de que "o país tem medo do Benfica" não é nova e tem sido discutida por diversos setores do futebol português.

Hélder Amaral expressou a sua convicção de que o Sporting não deve temer represálias por parte de entidades como a Liga ou a Federação Portuguesa de Futebol ao se constituir assistente no caso Boaventura.

"Tenho quase a certeza de que a direção do clube não acredita que tais ações tenham resultado exclusivamente da vontade individual do condenado", rematou.

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