No seio do Benfica, o ambiente na Luz tem sido tudo menos sereno nas últimas semanas, com Roger Schmidt, técnico das águias, no epicentro de uma série de desafios e controvérsias que têm agitado as águas encarnadas.
"Tudo naquela cabeça do alemão é uma confusão", observa antigo candidato à presidência do Benfica.
O técnico alemão, que inicialmente conquistou os adeptos com a sua abordagem dinâmica ao jogo, agora encontra-se sob intensa escrutínio, enfrentando críticas não apenas dos adeptos, mas também de comentadores e até de alguns membros do plantel.
Schmidt, que já foi saudado pelos métodos de jogo inovadores que trouxe à equipa na temporada anterior, agora é alvo de acusações de falta de pragmatismo tático e persistência em estratégias que têm falhado em gerar os resultados esperados pela família benfiquista.
Contudo, a situação chegou a um ponto crítico recentemente, com a decisão do treinador germânico de conceder um período de férias aos jogadores encarnados durante a pausa para os compromissos das seleções.
Esta decisão de Schmidt, em particular, tem sido alvo de críticas acérrimas, com muitos a questionarem a sabedoria de permitir que os jogadores tenham tempo livre num momento tão crucial da temporada.
Bruno Costa Carvalho, antigo candidato à presidência do Benfica, expressou publicamente o seu desagrado em relação a esta medida, juntando-a a uma série de outras decisões que, segundo ele, têm prejudicado a prestação do atual campeão nacional.
"Tudo naquela cabeça do alemão é uma confusão. Continuamos a jogar igualzinho em todos os jogos, em todos os campos. Sem grande preparação e grande nexo", começou por afirmar o conhecido sócio do Benfica, em declarações à 'Rádio Nacional de Desporto'.
Para Carvalho, a imprevisibilidade do desempenho do Benfica no campeonato é evidente. Num momento em que os encarnados estão na luta pelo título, também enfrentam uma forte concorrência de clubes como o Sporting e o FC Porto, e a incerteza sobre o desfecho final da temporada é palpável.
"Nenhum benfiquista sabe se vamos ser campeões, ficar em segundo ou terceiro", afirmou Carvalho, citado pelo jornal 'Bancada.pt', destacando a necessidade de uma abordagem mais pragmática e consistente por parte da equipa técnica e dos jogadores.
"Nós estamos perto do Sporting que tem jogado bem e feito goleadas. Se acontecer Sporting, e qualquer benfiquista sabe o que quer dizer, é uma coisa que pode acontecer qualquer dia e o Sporting vir por ali abaixo e o FC Porto vem atrás. Está a seis pontos e a qualquer momento pode aproximar-se", observou o ex-candidato à presidência dos encarnados.
"Nenhum benfiquista sabe se vamos ser campeões, ficar em segundo ou terceiro, com toda a franqueza. Está tudo em aberto", frisou novamente Costa Carvalho.
Costa Carvalho sublinhou ainda o seu desagrado com o novo período de férias concedido por aos Schmidt jogadores, considerando-o mais uma demonstração da falta de liderança e planeamento por parte do técnico alemão.
"Mais uma vez temos as quartas ou quintas férias do ano. O treinador passa a vida a dar férias ao plantel", lamentou Costa Carvalho.
O ex-candidato à presidência do Benfica criticou também a viagem para o clássico contra o FC Porto, que terminou com uma goleada a favor dos dragões, de autocarro no próprio dia do jogo, descrevendo-a como uma situação que faz o clube "parecer uma equipa de amadores".
"O Benfica, pela primeira vez na sua história, veio de autocarro para o jogo do Dragão no dia do jogo. Parecemos uma equipa de amadores", observou.
Embora o Benfica ainda esteja envolvido em três competições, com possibilidades de sucesso em todas elas, Costa Carvalho minimizou a importância da Liga Europa, considerando-a uma prova "completamente irrelevante".
O sócio das águias expressou o desejo de vitória em todas as frentes, mas ressaltou que o clube está longe do seu potencial máximo, especialmente após a eliminação da Liga dos Campeões de forma "caricata".
"Não dá prestigio nem dá dinheiro. O Benfica está a anos luz do que poderia ser", rematou Bruno Costa Carvalho.