A Liga japonesa de futebol anunciou hoje a suspensão de todos os jogos agendados para março devido ao sismo de sexta feira, estando a ser equacionada a retirada a seleção nacional da disputa da Copa América.
Um total de 41 encontros da primeira e segunda divisão e da segunda divisão e da Taça Nabisco foram adiados sem data marcada, ainda que seja provável que se disputem em julho, informou a agencia local Kyodo, citada pela agência espanhola de notícias EFE.
Entretanto, também a União Internacional de Patinagem (ISU) anunciou a suspensão dos Mundiais de patinagem artística que estavam agendados para Tóquio entre 21 e 27 de março, segundo informou hoje em comunicado.
A ISU assinala que a situação critica no país e, para salvaguardar a segurança dos participantes, espetadores e demais pessoas envolvidas nos Mundiais, bem como seguindo a recomendação de vários governos para evitar viajar para o Japão, decidiu após consultar a federação japonesa, que não é possível disputar a competição.
A Liga japonesa de futebol já foi suspensa no passado fim de semana devido ao devastador sismo, seguido de tsunami, ocorrido sexta-feira.
O mês de julho é aquele é que a seleção japonesa de futebol tinha previsto viajar para a Argentina para disputar a Copa América, para a qual foi este ano convidado como campeão da Taça da Ásia, celebrada janeiro no Irão.
De acordo com o responsável da J-League, Kazuni Ohigashi, previsivelmente mais jogos vão ter de ser suspensos em abril, o que colocará em perigo todo o torneio doméstico de futebol.
“O assunto é muito grave. Com todas as réplicas e sem ser capazes de garantir a segurança do público em todos os estádios, tomamos a decisão de cancelar todos os encontros até março”, disse Ohigashi.
Durante este último fim de semana não se disputaram os encontros das 18 equipas, entre eles o Vegalta Sendai, de uma das cidades mais devastadas pelo sismo de 8,9 graus de magnitude na escala de Richter e posterior tsunami, cujo estádio e instalações ficaram em ruínas.
No passado sábado o selecionador nacional do Japão, o italiano Alberto Zaccheroni, decidiu abandonar o país depois de ver como o moderno edifício de apartamentos de 21 andares em que vivia em Tóquio se retorceu “como se fosse de gomas” pelo sismo.
Até ao momento, e segundo a agência EFE, o sismo de sexta-feira provocou 1.647 mortos confirmados, ainda que se acredite que o número final possa aumentar.