A Comissão de Recurso da FIFA confirmou hoje a pena de irradiação, por corrupção, aplicada a Mohamed Bin Hammam, ex-presidente da Confederação Asiática de futebol.
O caso eclodiu em fins de maio último, antes das eleições para a presidência da FIFA, nas quais Bin Hammam concorria em oposição ao atual presidente Joseph Blatter, que viria a ser reeleito para o cargo.
Bin Hammam era acusado de ter comprado votos durante uma reunião da Confederação de Futebol do Caribe, no início de maio, realizada em Trinidad e Tobago, através da entrega de envelopes contendo 40.000 dólares (28.000 euros).
O dirigente do Qatar retirou a sua candidatura à presidência da FIFA pouco antes da sua presença na Comissão de Ética, que o suspendeu a título provisório até conclusão de um inquérito interno.
Neste contexto, Joseph Blatter acabou por ser o único candidato em disputa, tendo sido reeleito a 01 de julho no meio de um ambiente marcado por suspeitas de corrupção. Bin Hammam acabou por ser irradiado a 23 de julho, em decisão de primeira instância.
O caso, porém, não está definitivamente encerrado, visto que Bin Hamam fez saber, em carta recente enviada à FIFA e reproduzida no seu “blogue”, que tem “capacidade financeira para se defender durante anos, se necessário”.