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Mundial-2014: Oportunidade ou desperdício?

A poucos meses do maior torneio mundial de futebol, as grandes marcas posicionam-se e lutam ferozmente por quotas de mercado. Todos os dias vemos, nos mais diversos meios de comunicação social, publicidade ou promoções relacionadas com o Mundial do Brasil. No entanto, um evento desse género nem sempre é aproveitado da melhor forma.

Mundial-2014: Oportunidade ou desperdício?

São sobretudo dois os objetivos das marcas quando patrocinam um evento desportivo desta envergadura: visibilidade e encaixe financeiro. Um não está desligado do outro, muito pelo contrário. De marcas desportivas a marcas de automóveis, passando por marcas de barbear, todas desejam associar-se a um Mundial, um Campeonato da Europa ou mesmo o Super Bowl, nos Estados Unidos da América.

Primeiro ganham em visibilidade: cada aparição num evento destes vale ouro. O Mundial do Brasil é visto como ideal, já que o país do samba é significado de samba e futebol. As marcas constroem a narrativa e o ambiente faz o resto. São situações verdadeiramente mágicas para as marcas poderem fazer negócios.

Sim, porque é disto que se trata, fazer negócios e encaixar um retorno financeiro significativo. Segundo um estudo divulgado pela consultora Cision, os principais patrocinadores da seleção portuguesa deverão ganhar cerca de 150 milhões de euros, um encaixe que se prevê superior ao retorno realizado nas últimas provas internacionais. Estamos a falar de um valor referente aos patrocinadores de Portugal, imagine-se agora qual será o valor para quem investe no Brasil, na Alemanha ou na Espanha. Vemos então qual a importância de estar associado a um evento desta magnitude.

No entanto, no reverso da medalha temos as pequenas empresas e negócios locais. Estes micro-núcleos empresariais deveriam aproveitar a realização do Mundial do Brasil para fazerem negócios. Infelizmente, nem sempre isso acontece.

Primeiro porque é necessário muito investimento, o que é deveras difícil de fazer para quem tem pequenos volumes de negócio. Depois, nesse mês, o país passa para as mãos da FIFA, sendo a organização mundial de futebol que controla todos os ramos de negócio da 'Copa'. Obviamente, a FIFA escolhe associar-se a empresas e organizações poderosas. A consequência é que nem sempre os resultados beneficiam as populações ou os cidadãos das cidades que acolhem os jogos do Mundial.

Estas são as duas realidades que rodeiam a organização deste tipo de torneio. Quem tem dinheiro investe e consegue retorno, quem não pode investir limita-se a aproveitar as migalhas que lhe deixam. Em países como o Brasil a disparidade é ainda mais flagrante. Ideal seria haver um maior equilíbrio entre estas duas realidades, mas, infelizmente, sabemos o quanto utópica essa ideia pode ser.

Este texto é resultado da colaboração semanal entre o Futebol 365 e o blogue marcasdofutebol.wordpress.com. Esta parceria procura analisar o desporto-rei a partir de um ângulo diferente: a comunicação

Confira aqui tudo sobre a competição.

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