Cristiano Ronaldo marca dois e dá Supertaça Europeia ao Real Madrid

A equipa da Andaluzia deu a réplica possível e até fez um bom jogo, contribuindo para o bom espetáculo a que se assistiu, mas não teve argumentos para contrariar o poderio do Real Madrid, que tem um conjunto de individualidades fora de série, um coletivo consolidado e que apresentou já uma intensidade de jogo surpreendente para esta altura da época.

De destacar que a partida teve a presença de seis jogadores portugueses, cinco dos quais a titulares, três pelo Real Madrid, Cristiano Ronaldo, Pepe e Fábio Coentrão, e outros tantos pelo Servilha, o guarda-redes Beto, Daniel Carriço e Diogo Figueiras, que entrou aos 84 minutos para o lugar de Coke.

Sublinhe-se, ainda, a aposta do treinador Carlo Ancelotti no alemão Toni Kroos e no colombiano James Rodriguez, recentes contratações "merengues" e que brilharam no Mundial2014, como titulares, relegando para o “banco” Xabi Alonso e Di Maria, de onde não saíram durante os 90 minutos.

O internacional alemão fez uma exibição irrepreensível, ao lado de Modric, como duplo “pivot” a meio-campo, dando a sensação de jogar há anos na equipa, enquanto James, cujo talento ficou patente em algumas intervenções na primeira parte, não disfarçou a falta de entrosamento com o trio atacante e caiu muito de rendimento ao longo da segunda parte, até ser substituído por Isco.

O Real Madrid teve uma entrada fortíssima no jogo, que o Sevilha teve dificuldade em suster, mas não pôde evitar o golo dos “merengues” aos 26 minutos, quando a qualidade do cruzamento de Bale colocou a bola ao segundo poste para Cristiano Ronaldo, que iniciara a jogada no flanco oposto, finalizar de primeira.

A equipa da capital tinha mais iniciativa, mais posse e circulação de bola, mais soluções ofensivas e uma dinâmica de jogo que o Sevilha só foi conseguindo travar a custo e graças a uma sólida organização defensiva e à concentração e disponibilidade total dos seus jogadores.

O Sevilha defendia bem e procurava explorar os espaços abertos pelo balanceamento ofensivo do Real, mas só conseguiu uma única oportunidade de golo na primeira parte, e essa devido a uma fífia de Carvajal, na sequência da qual Daniel Carriço, que foi um dos destaques da equipa, só não restabeleceu o empate porque Casillas fez uma defesa de grande nível.

Na segunda parte, o Real voltou a entrar forte e Cristiano Ronaldo voltou a marcar, aos 49 minutos, na sequência de uma boa jogada coletiva, com um remate cruzado em que ficou a sensação de Beto ter sido mal batido. No entanto, o guarda-redes português evitou dois golos feitos, o primeiro a remate de James, aos 67, e o segundo de Bale, aos 86.

Logo se percebeu que o Sevilha não teria capacidade para reverter o resultado perante um Real Madrid com “fome de bola” e uma dinâmica de jogo muito acima do que seria expetável nesta altura da época, mas a equipa andaluz nunca se entregou, deu boa réplica e valorizou o espetáculo.

Entre os portugueses, de realçar a excelente exibição de Fábio Coentrão, depois da lesão muscular que sofreu no Mundial2014, dando razão a Carlo Ancelloti ao colocá-lo a titular em detrimento do internacional brasileiro Marcelo.