Primeira Liga: V. Guimarães - Penafiel (declarações)

Rui Vitória
(Treinador do Vitória de Guimarães)
"Se o resultado se ajusta? Isso é pouco relevante, mas a vitória é justa e, se analisarmos bem, tivemos mais oportunidades para marcar, mas não me parece que fosse de todo correto esse resultado.

Sabíamos que o Penafiel vinha complicar-nos a vida depois da sensação desagradável da primeira jornada [derrota caseira] e a nossa estratégia passou por não correr riscos na fase inicial, controlar bem o adversário, e depois sabíamos que podíamos criar perigo e foi isso que aconteceu.

A segunda parte foi muito bem conseguida e a equipa tomou sempre as decisões corretas.

[O próprio Rui Vitória parece surpreendido com este arranque]. Sim, de certa forma é uma surpresa. Este é um processo novo, com muita gente a começar a carreira, e não é fácil em tão pouco tempo ter esta qualidade e esta capacidade de decisão.

Esta é uma fase e uma onda muito positiva, em que as coisas estão a funcionar, mas as coisas já vinham a acontecer até nos jogos particulares. Eu sabia que nos jogos a sério as coisas são diferentes e essa era a minha dúvida.

Agora é seguir este caminho, mas sou o primeiro a ter os pés bem assentes no chão, foram apenas seis pontos.

[Como gerir o bom momento de Bernard e Hernâni] Mau era se tivesse que gerir outras situações, esta é fácil. A equipa está muito ligada, todos estão conscientes do que têm que fazer, mas não devemos destacar só esses dois jogadores, houve outras belíssimas atuações. Há aqui qualidade, de facto, e estou muito satisfeito.

O Bernard tem um caminho para percorrer e, neste momento, não há melhor clube do que este para ele estar".

Ricardo Chéu
(Treinador do Penafiel)
"O resultado é muito enganador e exagerado, toda a gente viu que fomos muito mais equipa, com grande qualidade na posse e sofremos dois golos que não podemos sofrer na I Liga, é impossível sofrer golos daqueles, que nasceram de erros individuais, e temos que apontar o dedo porque a nós também nos apontam.

O primeiro golo acontece de bola parada, temos que estar mais concentrados nesses lances. Reagimos e logo no início da segunda parte podíamos ter empatado, mas quando nada o fazia indicar sofremos o segundo golo.

Seis golos sofridos em dois jogos preocupa, claro que sim, ainda por cima golos infantis. Na pré-temporada sofremos poucos golos, mostrámos grande coesão defensiva, e agora, quando os jogos apertam, sofremos muitos. No primeiro jogo ainda se percebe pela ansiedade, mas no segundo já não aceito essa desculpa.

É importante surgir uma vitória, porque senão pode surgir desconfiança, mas notamos durante a semana que há mais qualidade do que isto.

Estamos a pagar a fatura da inexperiência, mas não de serem jogadores portugueses. Estamos a precisar de um clique de uma vitória para mudar o rumo dos acontecimentos porque não queremos que se crie um fosso".