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Bola de Ouro: Comparar Ronaldo, Messi e Neuer com estatísticas

As estatísticas valem o que valem. A frase é antiga e, sinceramente, não faço a mínima ideia a quem pertence. Contudo, apesar de concordar com a mesma, também sei que uma boa análise estatística pode gerar conclusões de grande valor.

Bola de Ouro: Comparar Ronaldo, Messi e Neuer com estatísticas

Nos últimos dias (e será assim até 12 de janeiro, data de entrega de troféu), a Bola de Ouro tornou-se num dos temas dominantes da cobertura futebolística. Ora porque alguma personalidade decide revelar a sua preferência, ora porque algum dos três finalistas emite certa opinião, ora porque os meios de comunicação social fazem apanhados estatísticos ou conseguem 'espremer' certa declaração mais polémica sobre o tema.

Cristiano Ronaldo, Lionel Messi e Manuel Neuer serão, muito provavelmente, os três futebolistas de quem mais se falará nas próximas semanas. Os dois primeiros muito habituados a estas andanças e o terceiro um completo estreante.

O maior defeito da Bola de Ouro – mas também aquilo que torna este troféu tão polémico e discutido, ano após ano – parece ser a ausência de um critério mensurável para a atribuição do vencedor. Tal como acontece na Bota de Ouro. Se o troféu para o melhor marcador da Europa se rege por regras definidas ‘a priori’, o prémio para melhor futebolista do planeta surge com uma vertente muito mais subjetiva.

Contudo, a subjetividade, quando não é cega, pode também ser construída com o recurso a estatísticas. E é isso que proponho. Analisar os três finalistas da Bola de Ouro segundo aquilo que fizeram durante o ano de 2015.

Comecemos por Cristiano Ronaldo.

Após vencer a segunda Bola de Ouro da sua carreira (em 2013), o craque luso apareceu em grande forma durante 2014. Em 55 jogos oficiais apontou 57 golos, com uma média superior de um tento por partida. No campo dos troféus individuais foi eleito o melhor jogador da Europa, o melhor jogador de Espanha, foi o artilheiro da Liga BBVA, da Champions League e venceu a Bota de Ouro (empatado com Luis Suarez), batendo ou igualando ainda 19 recordes. Ganhou também a décima Liga dos Campeões com o Real Madrid, a Taça do Rei e a Supertaça Europeia. Até ao final de 2014, CR7 poderá ainda conquistar o Campeonato do Mundo de Clubes com o Real Madrid.

No que toca a títulos, o gigante Manuel Neuer também teve um ano de sonho. O guarda-redes do Bayern Munique venceu a Bundesliga, a Taça da Alemanha e o Campeonato do Mundo 2014, com a Alemanha. Não marcou nenhum golo, nem é essa a sua função, mas realizou ‘paradas’ que valeram muitos pontos, tanto para o Bayern Munique como para a Alemanha. A nível individual somou a Luva de Ouro, foi o guardião menos batido em 2014, esteve na equipa ideal do Mundial’14 e foi mesmo eleito o futebolista do ano na Bundesliga.

Por último, Lionel Messi.

O argentino apontou 52 golos em 62 jogos oficiais e teve a média ligeiramente inferior a um tento por partida. Bateu ou igualou sete recordes, tornando-se, recentemente, o melhor marcador da História da Liga BBVA e da Champions League. Tudo, num espaço de poucos dias. Foi eleito o melhor jogador do Mundial’14 e esteve também presente na equipa ideal da competição realizada no Brasil. Num ano para esquecer em Camp Nou, ‘La Pulga’ não somou qualquer título com a camisola do Barcelona, caindo na final do Campeonato do Mundo frente à Alemanha.

Os dados estatísticos estão em cima da mesa e poderão ajudar os votantes a tomar uma decisão fundamentada. Cada um tirará as suas próprias conclusões: objetivas ou subjetivas.

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