Síntese: FC Porto vence sem brilho no Bonfim, Boavista garante manutenção

A equipa portista fez um jogo pouco intenso e sem chama, mas a qualidade individual dos seus jogadores, muito acima da dos futebolistas sadinos, acabou por fazer a diferença e garantir uma vitória tranquila.

Como o FC Porto foi sempre controlando o jogo sem dar o ‘xeque-mate’, que seria a marcação do segundo golo, o Vitória começou a acreditar que podia chegar ao empate e criou alguns lances de perigo na parte final, mas seria a equipa portista a voltar a marcar, por Jackson Martinez, aos 90+1.

O FC Porto tinha aberto o marcador ao fim do primeiro quarto de hora, por Brahimi, golo esse que, a juntar à fraca oposição dos sadinos, contribuiu para que a equipa de Lopetegui se limitasse a gerir, sem chama, o que é compreensível depois da eliminação da Liga dos Campeões, com 1-6 em Munique, e do ‘nulo’ na Luz que praticamente hipotecou as hipóteses dos dragões chegarem ao título.

Proeza alcançou hoje o treinador do Boavista, Petit, ao vencer por 3-1 na receção ao Moreirense e assegurar a manutenção a três jornadas do fim, com um plantel manifestamente modesto, o que releva a competência do trabalho do antigo jogador boavisteiro e do Benfica.

Os ‘axadrezados’ têm 33 pontos, mais 10 do que o penúltimo classificado, o Gil Vicente, quando restam três jogos e nove pontos por disputar.

Os adeptos boavisteiros festejaram ainda o regresso de um autêntico símbolo da casa, o veterano Fary, que, aos 40 anos, voltou a pisar um campo de futebol após uma longa paragem devido a lesão. Foram apenas cerca de dois minutos, mas bastou para o jogador e o estádio celebrarem com muita emoção.

O encontro valeu pelos golos, todos marcados de cabeça, e o Boavista ganhou porque foi mais forte e objetivo do que o Moreirense, em especial durante a segunda parte.

Quem ainda não assegurou a manutenção, mas deu um grande passo para lá chegar, foi a Académica, ao empatar a zero no reduto do lanterna-vermelha e quase condenado à descida Penafiel.

A formação de Coimbra manteve-se no 14.º lugar, com 28 pontos, mais cinco do que o Gil Vicente, que segue na 17.ª posição, com 23.

Com este resultado, o Penafiel está cada vez longe de se manter na I Liga, contabilizando a três jornadas do final da prova 19 pontos, menos quatro que o penúltimo, o Gil Vicente.

Finalmente, Marítimo e Arouca empataram hoje a um golo, nos Barreiros, num jogo pouco interessante, mas com muita luta à mistura, cujo resultado hipotecou a possibilidade de os insulares chegarem ao sexto lugar que dá acesso à Liga Europa.

O jogo foi pouco atrativo e o Marítimo nunca encontrou a ‘chave’ para abrir um Arouca muito defensivo e a apostar no contra-ataque.

Na segunda parte, o futebol melhorou substancialmente depois de o Marítimo ter marcado aos 50 minutos, por Marega, após cruzamento de João Diogo, na direita, mas nove minutos volvidos, o Arouca, através de Iúri Medeiros, chegou ao empate num livre direto, com a bola a embater na barreira, enganando o guarda-redes Welligton, que se estreou como titular em substituição do lesionado Salin.

O Marítimo manteve a 10.ª posição, agora com 38 pontos, enquanto o Arouca, na luta pela manutenção, somou um ponto positivo e é agora 15.º, com 26.

No sábado, o Benfica colocou-se a dois triunfos de revalidar o título, ao golear em Barcelos por 5-0, com dois golos uruguaios, de Maxi Pereira, e três brasileiros, do ‘capitão’ Luisão, Jonas e Lima.