FIFA: Polícia do Brasil analisará possíveis crimes cometidos no país

O ministro afirmou ainda que o Brasil recebeu um pedido de cooperação internacional para ajudar nas investigações norte-americanas e que irá sugerir ao Procurador-Ggeral da República, Rodrigo Janot, que a Polícia Federal e o Ministério Público atuem em conjunto no caso.

"Só podemos identificar delitos que sejam tipificados pela legislação brasileira. Se neste caso houver, a Polícia Federal abrirá um inquérito e fará uma investigação rigorosa", disse Cardozo, citado pela Folha de São Paulo.

Na quarta-feira, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou nove dirigentes e ex-dirigentes da FIFA e cinco parceiros, sob a acusação de associação criminosa e de corrupção nos últimos 24 anos, com subornos que podem chegar a 151 milhões de dólares (quase 140 milhões de euros).

Entre os acusados estão dois vice-presidentes da FIFA, o uruguaio Eugenio Figueredo e Jeffrey Webb, das Ilhas Caimão e que é também presidente da CONCACAF (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caraíbas), assim como o paraguaio Nicolás Leoz, ex-presidente da Confederação da América do Sul (Conmebol).

Dos restantes dirigentes indiciados fazem parte o brasileiro José María Marín, membro do comité da FIFA para os Jogos Olímpicos Rio2016, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e ex-governador de São Paulo.

Marín é acusado, segundo a imprensa brasileira, de ter recebido subornos em troca da exploração comercial da Taça do Brasil, e de tê-los dividido com o ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira, e com o atual, Marco Polo Del Nero, que está em Zurique, no congresso da FIFA.

A sede da CBF, no Rio de Janeiro, tinha o nome de José Maria Marin, mas as letras que formavam o nome do homenageado foram retiradas hoje do local.