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Inglaterra: O discurso de Mourinho e a queda dos adversários

Se José Mourinho fosse uma árvore, seria um eucalipto. Tal como a bem cheirosa e abundante espécie da floresta portuguesa, o ‘Special One’ gosta de chegar, crescer e ganhar. Não lhe amedrontam os enormes pinheiros nas suas redondezas, pois, quando chove, as suas raízes absorvem toda a água à sua volta. Sem piedade!

Inglaterra: O discurso de Mourinho e a queda dos adversários

O discurso do agora denominado ‘Happy One’ nem é novo, mas a verdade é que continua a resultar como se fosse utilizado de forma inédita.

No regresso à Premier League, José Mourinho começou a trabalhar num Chelsea que conquistou a Liga dos Campeões e a Liga Europa, em anos consecutivos. Um conjunto com algumas unidades jovens e promissoras (Hazard, Oscar), mas também atletas experientes e já numa fase descendente das suas carreiras (John Terry, Lampard).

Ao contrário do que aconteceu com André Villas-Boas, e isso já era esperado, José Mourinho não sentiu qualquer problema para conciliar essas duas realidades. Contudo, o Chelsea começou a época com algumas exibições periclitantes (dupla derrota com o Basileia, Champions League) e desaires diante do Everton (1-0), Newcastle (2-0) e Stoke (3-2), na Premier League.

O atarefado período natalício correu de feição ao ‘Special One’ e a entrada no ano de 2014 foi ainda mais forte. Depois, ao seu estilo, José Mourinho começou a enviar mensagens para o exterior no momento em que sentia que tinha equipa para o corresponder. Enquanto assim não foi, o técnico português tentou caminhar de forma discreta, sempre com o topo da Premier League no horizonte.

Escrevo pouco depois dos ‘blues’ terem derrotado o Newcastle (3-0), em Stamford Bridge, e algumas semanas após ter assinado um artigo onde identifiquei Arsenal, Man City e Chelsea como principais candidatos ao título. Nesta altura, seria uma hipocrisia não considerar os londrinos um pouco mais candidatos, apesar de ser certa uma difícil oposição de ‘gunners’ e ‘citizens’ até ao final.

Como um eucalipto, José Mourinho regressou de forma discreta ao Chelsea e à Premier League. Foi crescendo de forma rápida e sustentada e, agora, começa a causar algum incómodo a pinheiros como Arsène Wenger e a equipas bem apetrechadas como o Man City. Contudo, tal como um eucalipto, José Mourinho começa a sugar toda a água à sua volta, com um único objetivo: vencer. Seja como for!

De forma decidida e, por vezes, irrealista, o ‘Special One’ vai afirmando que os ‘blues’ têm menos responsabilidades para ganhar a Premier League e que a sua equipa está distante de conjuntos como o Man City: tanto em termos de dinheiro como de soluções. O que não é mentira, mas também não é totalmente verdade. Uma coisa é certa: o Chelsea já lidera de forma isolada. Veremos qual será a resposta do Arsenal de Wenger e do Man City de Pellegrini.

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