Comentário: Benfica passou, mas apanhou valente susto face ao Tottenham

Depois do triunfo por 3-1 em Londres, os “encarnados” ganharam vantagem na Luz, com um tento do central argentino Garay, aos 34 minutos, e pareciam ter tudo controlado, só que, num ápice, um “bis” de Nacer Chadli mudou tudo.

Aos 78 e 79 minutos, o belga marcou dois golos e colocou os ingleses a um do prolongamento. O Tottenham construiu mesmo ocasiões para o conseguir e o Benfica acabou a sofrer, até à última jogada, ao penálti de Lima, aos 90+5.

O que se assemelhou durante muito tempo a um “passeio” quase virou, assim, “pesadelo” para o conjunto de Jorge Jesus, que não sofria golos em casa há nove jogos e somava 10 vitórias consecutivas em todas as provas. Salvou-se o essencial.

Em relação ao “onze” base, Jorge Jesus manteve o guarda-redes e a defesa e mudou o resto, com André Gomes, Ruben Amorim, Salvio, Djuricic, Sulejmani e Cardozo nos lugares de Fejsa, Enzo Perez, Markovic, Gaitan, Rodrigo e Lima.

Frente a um conjunto com apenas três repetentes de Londres – o Benfica manteve sete – e Tim Sherwood na bancada, a equipa da casa entrou a controlar, a posse de bola e o jogo, mas sempre com um ritmo muito lento, sem grandes acelerações.

A primeira jogada de perigo surgiu apenas aos nove minutos, num canto, com Sulejmani a colocar em Garay e este a servir Luisão, que cabeceou por cima.

Pouco depois, o “capitão” viu um amarelo, ao travar Soldado, que, depois, apareceu duas vezes em boa posição na área, aos 14 e 26 minutos, mas finalizou mal.

O Benfica foi conseguindo manter o jogo “morno”, mas, ainda assim, marcou, aos 34 minutos: após um canto, na direita, Salvio passou como quis por Lennon e “picou” a bola para o cabeceamento imparável de Garay.

Até ao intervalo, nada mudou, e o início da segunda metade também não trouxe novidades, com tudo muito calmo, destacando-se apenas duas arrancadas de Townsend e, do outro lado, um cabeceamento de Luisão, após um canto.

O “adormecimento” geral terminou aos 78 minutos, com Chadli a rematar forte e colocado, junto ao ângulo inferior direito e a empatar o jogo, para, na jogada seguinte, o mesmo jogador “bisar”, agora assistido por Eriksen.

Do nada, o Tottenham ficou, de repente, a um golo de forçar o prolongamento. A equipa acreditou, apoiada pelos seus adeptos, e assustou aos 82 minutos, numa jogada de Lennon, pela direita, valendo o corte salvador de Luisão.

Já com Enzo Perez e Lima, o Benfica podia ter sentenciado aos 86 minutos, por Salvio, mas não o conseguiu e ainda apanhou mais dois sustos, numa queda na área de Eriksen e em cabeceamentos de Sigurdsson e Eriksen, detidos por Oblak.

Na última jogada do encontro, os “encarnados” suspiraram de alívio: Lima sofreu falta na área, tendo o árbitro assinalado grande penalidade, que o próprio avançado brasileiro converteu, aos 90+5, evitando a derrota no jogo. A bola já nem foi ao centro do campo.