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Comunicação: Que mensagem passar na pré-época?

Todas os anos o ritual se repete. Os jogadores voltam de férias e uma dezena de jornalistas os esperam nos aeroportos para lhes perguntarem o que esperam da nova temporada. Também presidentes e treinadores definem objetivos: uns mais ambiciosos, outros mais realistas. É a chamada pré-época. Parte da temporada em que se volta aos treinos e onde se definem ou redefinem os plantéis. No futebol é a altura do ano onde a comunicação é mais importante.

Comunicação: Que mensagem passar na pré-época?

Comunicar. Ato natural que praticamos todos os dias das nossas vidas de forma inconsciente a maior parte das vezes. Talvez por isso pareça fácil. Não é. Uma boa comunicação requer muito trabalho e dedicação. E nem sempre vemos isso no futebol.

Frequentemente, ouvimos a comunicação social dizer que faltou isto e aquilo na estratégia de comunicação de determinado clube. Esta crítica foi muito frequente no Mundial do Brasil em relação à seleção nacional de futebol. É, de facto, difícil fazer o filtro sobre aquilo que deve ser ou não dito em público.

Em nenhuma outra parte da temporada, como agora na pré-época, tal premissa se torna verdadeira. É agora que se definem estratégias para o resto da época, sejam elas desportivas ou organizacionais. A comunicação deve, obrigatoriamente, ser integrada nessas estratégias. É no início de cada temporada que se anunciam os objetivos. Ataque ao título, qualificação para as competições europeias ou luta pela manutenção. Será nas próximas semanas que se comunica aos adeptos o que se pretende do ano desportivo.

É natural que estes sejam reavaliados ao longo das competições. Qualquer objetivo deve ser analisado e reestruturado, o ideal é que o sejam de forma regular. Esse trabalho é feito, obviamente, pela equipa técnica, mas também pela direção. Estes dois grupos devem andar sempre coordenados. Quando isso não acontece surge ruído comunicacional, ou seja, notícias descoordenadas e vazias. Muito disto foi visto, esta semana, no Belenenses.

Todas e quaisquer expectativas devem ser geridas agora na pré-época. A mensagem que se pretende fazer passar nos próximos dias vai definir muito do que se comentar no resto da temporada.

O Sporting CP comunicou na época anterior que o ano serviria para reconstruir e reequilibrar o plantel, desmarcando-se assim da luta pelo título. Do ponto de vista do adepto é questionável um clube como o Sporting não assumir lutar pelo título nacional, afinal é um dos três grandes e é automaticamente visto como candidato. Mas na ótica da direção e da equipa técnica faz sentido, já que retiraram pressão à equipa e no final os adeptos pouco cobraram, tendo sido tudo definido com antecipação. Um pouco na linha do que fez José Mourinho, esta época, no Chelsea.

São várias as formas de o fazer. Seja através das redes sociais ou dos media, a ferramenta não é o mais importante, fundamental é a coerência. Os objetivos traçados no início da época devem ser atingidos. Se forem ultrapassados tanto melhor, mas caso não se alcance o pretendido, o falhanço terá de ser assumido de forma inequívoca.

Este texto é resultado da colaboração semanal entre o Futebol 365 e o blogue marcasdofutebol.wordpress.com. Esta parceria procura analisar o desporto-rei a partir de um ângulo diferente: a comunicação.

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