Primeira Liga: Vitória de Guimarães - Nacional (Declarações)

Rui Vitória (Treinador do Vitória de Guimarães): "Foi uma forma muito boa de começar esta fase depois de umas jornadas em que não marcámos, mas em que o desempenho foi bom. Hoje estivemos bem nesse aspeto, mudámos a nossa forma de atuar e criámos problemas ao Nacional.

Fomos uma equipa muito convicta, segura do que tinha de fazer e forte em todos os momentos do jogo.

Os jogadores foram fantásticos a cumprir a estratégia, que passava por 'coração e cabeça' na dose certa, e mostraram maturidade em lidar com estas situações, que não são fáceis, porque se cria uma onda um pouco negativa.

Foi importante porque voltámos às vitórias ante um adversário de valor e qualidade.

Vêm aí jogos muito interessantes, o jogo com o Benfica será muito difícil, mas vamos prepará-lo da melhor maneira. Estarmos em terceiro lugar e termo-nos afastado de algumas equipas foi bom, ficámos numa situação engraçada, com 31 pontos e entre equipas poderosas, o que nos deixa orgulhosos, muito satisfeitos e com muita confiança para o trabalho que aí vem.

Traoré é baixa e tenho pena que não possa jogar porque está numa forma fantástica, mas estamos habituados a isto e arranjaremos soluções, o Josué não sabemos [saiu lesionado], mas não parece ser nada de muito grave. O resto é perfeitamente normal, o Bruno Gaspar é jogador do Vitória, está a jogar e, se tudo decorrer dentro da normalidade, vai jogar".

Manuel Machado (Treinador do Nacional): "Quando se perde 4-0, a primeira coisa a fazer é dar os parabéns ao adversário, por isso, parabéns ao Vitória que foi muito mais eficaz na finalização.

O jogo começou equilibrado, até com algum ascendente nosso, mas depois houve 10 minutos fatais: o primeiro golo foi decisivo, um golo fantástico, depois surgiu o penálti num momento de desconcentração e, numa bola parada, o terceiro golo, num lance em que não fomos ágeis em tirar a bola.

O Vitória é um justo vencedor, mas os números são pesadíssimos, saímos muito penalizados.

A estrutura do Nacional é muito deficitária e quando se perdem dois jogadores como o Marçal (síndroma gripal) e Goma (castigado) ainda mais frágil fica. É o plantel mais jovem do campeonato e quando jogam fora ficam ainda mais frágeis, como hoje se verificou.

Podíamos ter mais pontos fora, mas por isto ou aquilo não temos. Estes ciclos negativos são espirais difíceis de se fugir, mas estamos a trabalhar para ter mais jogadores com mais maturidade e construir uma equipa mais condizente com o estatuto deste emblema.

Para o jogo da Taça de Portugal, na quarta-feira, com o Marítimo, já poderemos contar com (os ‘reforços’) Tiago Rodrigues, Luís Aurélio e Cristian, além de Goma e Marçal.

Temos que ser realistas, a diferença já é muito dilatada [para chegar aos lugares de qualificação para as competições europeias], o que nos move é ter mais ferramentas, sair do último terço e alcançar a tranquilidade para a ponta final do campeonato".