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Mano Menezes explica que Brasil ainda não encontrou modelo de jogo

O treinador de futebol e antigo selecionador brasileiro Mano Menezes disse hoje à agência Lusa que a seleção do Brasil "está em transição", identificando esse fator como a causa do jogo defensivo do Brasil na Copa América.

Mano Menezes explica que Brasil ainda não encontrou modelo de jogo

"O Brasil está em transição, como quase sempre estamos. De quatro em quatro anos estamos em transição e Dunga ainda procura uma nova seleção, e a verdade é que na Copa América não tem conseguido jogar um bom futebol e o fato de jogar defensivamente talvez seja uma consequência disso", explicou.

À margem do 'workhsop' "Seleção do Brasil: Do recrutamento ao processo de treino e competição", realizado na Universidade Lusófona, no qual foi orador, Mano Menezes afirmou à Lusa que "o Brasil que atacava por atacar acabou", apontando o modelo de jogo como a principal indefinição da atual seleção brasileira.

"O Brasil que atacava por atacar acabou, talvez porque dessa maneira é impossível ganhar. Não encontrámos ainda o modelo de jogo que queremos e talvez isso seja a principal dificuldade, pois o Brasil fez uma transição de um jogo ofensivo um pouco irresponsável para um jogo demasiadamente defensivo e burocrático. Temos de chegar a um meio-termo", disse.

Sobre a competição sul-americana, o técnico de 53 anos reiterou que as seleções "não têm conseguido praticar um bom futebol", muito por culpa das características específicas da prova.

"As seleções não tem conseguido praticar um bom futebol. Até o Chile, que é o país organizador, começou com uma derrota, mas, para mim, é a seleção que tem vindo a jogar melhor. A Copa América sempre foi uma competição dura, difícil de se jogar, porque tem características muito próprias, em que os fatores extra-jogo têm uma participação direta e até mesmo decisiva", explicou.

Relativamente ao futebol português e à última temporada, Mano Menezes destacou futebolistas brasileiros a atuar em Portugal, considerando Jonas, do Benfica "como um jogador de topo".

"Jonas havia ido comigo para a seleção, já tinha trabalhado com ele no Grémio e é um jogador de top, de muitos recursos de finalização e é um jogador versátil, que permite a um treinador fazer variantes táticas dentro de um sistema", afirmou.

O técnico que comandou o 'escrete' entre 2010 e 2012, também analisou o percurso de Talisca, com quem ficou surpreendido com as suas primeiras prestações em Portugal.

"Talisca foi uma surpresa para nós brasileiros, pela maneira como chegou a Portugal e assumiu um protagonismo imediato no Benfica, mas talvez o segundo momento que está a viver seja mais real, temos de esperar para ver", reiterou.

O treinador teceu elogios a Danilo, Alex Sandro e Casemiro, que na temporada passada alinharam no FC Porto, considerando que fazem parte "da nova geração de futebolistas brasileiros".

"Danilo afirmou-se numa posição que não era muito da sua preferência, mas evoluiu muito e é disputado pelos melhores clubes do mundo. Sobre Alex Sandro, dizemos no Brasil que não cruza a bola para os outros, mas sim que passa a bola para eles, e quanto a Casemiro era um jogador que não tinha tanta avaliação dos outros no Brasil, mas veio para a Europa e vai ganhando esse respeito baseado na produção dentro de campo", concluiu.

Programa da jornada

Quinta-feira, 25 de Junho de 2015
Chile - Uruguai, 1 - 0

Sexta-feira, 26 de Junho de 2015
Bolívia - Peru, 1 - 3

Sábado, 27 de Junho de 2015
Argentina - Colômbia, 5 - 4 g.p
Brasil - Paraguai, 3 - 4 g.p

Confira aqui tudo sobre a competição.

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