Pinto da Costa e João Bartolomeu em acareação por causa de Maciel

Fonte ligada ao processo adiantou à agência Lusa que Jorge Nuno Pinto da Costa vai depor na qualidade de testemunha, numa acareação que decorrerá na quarta sessão deste julgamento cível, em que o empresário do jogador, António Barradas, reclama uma indemnização de cerca de 1,5 milhões de euros relativos à transferência de Maciel da União de Leiria para o Futebol Clube do Porto, no início de 2004.

''É a continuação de uma audiência de julgamento no decurso da qual será feita uma diligência de acareação, que é um incidente processual normal'', disse a fonte, vincando que a acareação ''fará mais sentido se for presencial, para avaliar melhor as expressões'' dos intervenientes.

A mesma fonte admitiu que na sessão de 08 de Março, além da acareação, possam iniciar-se as alegações finais do julgamento.

A acareação foi requerida pelo advogado da União Desportiva da Leiria SAD, Paulo Samagaio, e deferida pela juíza Octávia Viegas, da quarta vara cível do Palácio da Justiça, em Lisboa.

Outra fonte ligada ao processo garantiu à Lusa que a acareação será presencial, o que implicará a deslocação de Pinto da Costa à capital.

A mesma fonte referiu que o confronto de versões (acareação) será feito tendo em conta os depoimentos já prestados pelos intervenientes em anteriores sessões do julgamento.

Adiantou que Pinto da Costa, quando testemunhou recentemente por videoconferência, disse que as negociações para a transferência de Maciel foram realizadas ao mais alto nível entre ele e João Bartolomeu e na presença de administrad ores das SAD respectivas, António Cerejo Bastos e Fernando Gomes (FC Porto).

Contudo, o empresário Jorge Baidek declarou em tribunal que reuniu em s eparado com as duas SAD, na pessoa dos seus presidentes, levando esta alegada co ntradição a que fosse pedida uma confrontação de versões.

Na passada quinta-feira, Carlos do Paulo, advogado de António Barradas, explicou que o empresário tinha comprado 30 por cento do passe do jogador e que nada recebeu aquando da transferência do avançado para os ''dragões''.

Por seu turno, a SAD da União de Leiria alega que o empresário nada tin ha a receber, por não ser o detentor do passe, já que apenas havia emprestado o dinheiro para que o clube pudesse adquirir os 30 por cento em causa.

Carlos do Paulo alega que o FC Porto pagou o passe do jogador na íntegr a à União de Leiria, apresentando como prova uma transferência bancária que terá sido feita quatro dias após o negócio.

LUSA