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Sporting: Dirigentes da SAD acusam Veiga de «manobra de diversão»

O Sporting acusou hoje o ex-agente de futebolistas José Veiga de ter feito uma ''manobra de diversão'' ao dizer, em entrevistas a SICnotícias e TVI, que os ''leões'' tiraram proveito da aquisição dos direitos de João Vieira Pinto, em 2000.

A reacção ''verde-e-branca'' surge um dia após as aparições televisivas do ex-director-geral da SAD do Benfica, o qual afirmou que ''os dirigentes leoninos se fizeram de anjinhos'', já que, ''se alguém foi beneficiado foi o Sporting'', na compra dos direitos desportivos do futebolista João Vieira Pinto, em 2000, referindo-se a um aditamento ao contrato original, na ordem dos quatro milhões de euros.

A SAD do Sporting reagiu através da leitura de um comunicado por parte do Director de Comunicação, Miguel Salema Garção, criticando o ''tempo nobre'' ocupado em ''duas estações de televisão'' para Veiga se pronunciar sobre ''um processo em segredo de justiça'' e ''produzir afirmações e argumentos falsos e gravemente lesivos'' do bom nome e reputação do clube, SAD e seus dirigentes.

''Apresentar agora um documento que já havia sido exibido na RTPN como uma novidade mais não é do que uma manobra de diversão para confundir a opinião pública. Não foi certamente pelas afirmações dos dirigentes do Sporting que o Sr. José Veiga está envolvido neste processo'', leu Salema Garção.

José Veiga, assim como o ex-benfiquista João Pinto, actualmente ao serviço do Sporting de Braga, foram constituídos arguidos no âmbito da investigação deste caso.

Veiga, que negara ter agido como representante do jogador e já assumiu ter recebido cerca de 245 mil euros de comissão naquela operação, é suspeito de burla e abuso de confiança, por, alegadamente, se ter apropriado de cerca de 3,2 milhões de euros, tendo-lhe sido imposta uma caução de 500 mil euros, entre outras medidas de coacção.

Salema Garção qualificou as afirmações públicas de José Veiga como ''caricatas'', exemplificando com o facto de o ex-empresário ter afirmado inicialmente ''não ter recebido 'nem um cêntimo' relativo à transferência, pois tinha actuado apenas e só como amigo do jogador''.

No comunicado da SAD sportinguista, defende-se a ''boa-fé'' de dois administradores da empresa relativamente ao aditamento ao contrato, sublinhando-se que no mesmo não existem quaisquer ''referências a montantes líquidos'', negando a argumentação de Veiga, que sugeriu que o Sporting teria preferido pagar ao jogador através da empresa ''off-shore'' Goodstone Consulting, a fim de escapar às obrigações fiscais.

''As ligações do Sr. José Veiga à Goodstone Consulting são por demais evidentes, sendo ridículas as suas continuadas afirmações de nada ter a ver com aquela empresa'', continuou Salema Garção.

Por fim, o director de Comunicação da SAD ''leonina'', que se reserva ''o direito de reagir pelos próprios meios contra ataques, insinuações e falsidades'', realçou que os valores pagos pelos direitos desportivos do jogador João Pinto constam das contas da Sporting SAD, ''tendo sido devidamente auditados sem que da parte dos Revisores Oficiais de Contas tivesse sido feita qualquer reserva ou ênfase''.

José Veiga interrompeu as funções na SAD do Benfica, há quatro meses, devido a um outro processo judicial do luxemburguês Dexia Banque Internationale, referente a uma suposta dívida de 1,5 milhões de euros e que originou o arresto de parte dos seus bens, embora o processo tenha sido entretanto suspenso por acordo entre as partes.

LUSA

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