Crónica: Golo tardio de André Silva dá três pontos ao FC Porto

O jovem ponta de lança da equipa 'azul e branca' fez a diferença, num desafio em que os nortenhos dominaram de início ao fim, mas que, ora por falta de eficácia, ora por boas intervenções do guardião estorilista Moreira, só puderam relaxar nos instantes finais.

Um esforço suplementar para os 'dragões', que assim pouco puderam gerir forças para a decisiva partida de terça-feira frente à Roma, da segunda mão do 'play-off' de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões.

Apesar da derrota, o Estoril-Praia teve mérito na forma como foi tapando os caminhos para a baliza, com uma defesa de elevada coesão e um guarda-redes quase intransponível, chegando, em contra-ataque, a causar dois 'calafrios' aos locais.

Neste jogo, o técnico dos 'dragões' Nuno Espírito Santo promoveu quatro alterações no 'onze' relativamente ao usado na quarta-feira, no jogo frente à Roma.

Além da mexida forçada na lateral-esquerda, onde Miguel Layun rendeu o castigado Alex Telles, o treinador portista apostou ainda na titularidade de Rúben Neves, Varela e Corona, para os lugares de Danilo, André André e Adrián Lopez.

Já no lado do Estoril-Praia, o técnico Fabiano Soares apostou nas estreias de Alisson, que viu a sua inscrição regularizada e recuperou de problemas físicos.

Dois cabeceamentos de Otávio e Marcano deram os primeiros sinais e permitiram que o guardião do Estoril-Praia, Moreira, que se notabilizou ao serviço do Benfica, 'abrisse o livro' de grandes defesas.

Os forasteiros tentavam, a todo o custo, sacudir a forte pressão colocada pelos 'dragões', defendendo no limite. Numa dessas ocasiões, Dankler quase marcava na própria baliza, quando num corte fez a bola embater na barra.

Sempre mais recuada, a equipa comandada por Fabiano Soares tentava espreitar o contra-ataque, mas só aos 36 minutos conseguiu esboçar o seu primeiro remate, por Alisson, que Casillas segurou.

Um remate de Corona e um cabeceamento de André Silva voltaram a mostrar a maior vocação ofensiva do FC Porto, mas também que o guarda-redes Moreira estava em noite de inspiração, segurando o nulo até ao intervalo.

No regresso do descanso, Nuno Espírito Santo percebeu que tinha de dotar a sua frente de ataque de maior polivalência para dobrar a coesa defesa estorilista, lançado Adrián Lopez para o lugar do pouco produtivo Varela.

Tal como na primeira parte, os visitantes mostraram maior preocupação em manter a solidez da sua muralha defensiva, do que em lançar-se para o ataque, mas ainda conseguiram aproveitar uma descompensação do adversário para quase 'gelarem' o Dragão.

Num contra-ataque esboçado por Matheus, ainda antes da hora de jogo, Filipe Augusto atirou muito perto do poste da baliza de Casillas.

Apesar deste 'calafrio', o FC Porto mantinha a pressão em níveis elevadíssimos e, já depois de Miguel Layún e Sérgio Oliveira quase terem levado os adeptos da casa ao desespero, com dois remate ao lado, acabou por ser a nova coqueluche da equipa nortenha a 'desatar o nó'.

André Silva, em cima do minuto 84, conseguiu 'calibrar a pontaria' e, com um cabeceamento oportuno, após cruzamento de Layún, inaugurou o marcador.

Apesar da vantagem, os 'dragões' mantiveram o ritmo ofensivo, embora em modo de descompressão, pensando no desafio de terça-feira com a Roma.