Crónica: Benfica goleia Marítimo e segue para ’oitavos’ da Taça de Portugal

Os ‘encarnados' nunca sentiram qualquer dificuldade frente a um Marítimo de ‘corpo presente', que cometeu erros dos mais diversos níveis: posicionais, marcação, ressaltos, transições. A chuva, que se fez sentir a partir dos 20 minutos não justifica tamanho desacerto.

Os golos de Franco Cervi, Pizzi, Mitroglou (dois), Raul Jiménez (grande penalidade) e Gonçalo Guedes foram servidos na ementa do Benfica, equipa que apenas fez uma alteração naquele que é onze inicial tipo: Júlio César foi o guarda-redes, em vez do habitual titular Ederson.

O Marítimo, que estava longe de imaginar que iria sofrer a maior goleada da época, também apresentou o melhor ‘onze’, tendo feito apenas uma alteração, já que o lateral direito Raúl Silva está lesionado e Samuel Santos assumiu o papel.

O Benfica entrou praticamente na condição de vencedor. Franco Cervi inaugurou o marcador logo aos dois minutos - após assistência de Salvio, que desarmou Patrick junto à linha de fundo -, com um remate de pé esquerdo na zona de grande penalidade, não dando hipótese ao guarda-redes Gottardi.

Os comandados de Daniel Ramos não conseguiram ganhar a posse de bola e permitiram que os ‘encarnados' jogassem como queriam, com Pizzi a ser o dínamo da equipa.

A espaços, os insulares procuraram chegar ao último terço do terreno dos tricampeões nacionais, mas quando o conseguiram não causaram calafrios, como foi o caso do remate de Edgar Costa, aos 40 minutos.

Os erros defensivos e as perdas de bola nas transições do Marítimo permitiram ao Benfica chegar ao segundo golo, aos 38 minutos, por intermédio de Pizzi, após passe de Mitroglou, que roubou a bola de Fransérgio.

Cinco minutos depois, o atacante grego viria a fazer o 3-0, de cabeça, na sequência de um excelente trabalho de Nelson Semedo, que levou a melhor sobre Deyvison e Patrick (novamente a falhar um corte).

Já na segunda parte, o internacional grego viria a ‘bisar’, aos 53 minutos, desta feita com o pé esquerdo, após assistência de Gonçalo Guedes, numa jogada de contra-ataque iniciada por Cervi.

Embora o Marítimo tenha corrigido algumas posições no terreno, o que obrigou o Benfica a jogar com o bloco mais baixo, a verdade é que os insulares raramente pressionavam o adversário que tinha a bola, preferindo jogar na marcação à zona.

Aos 68 minutos, tudo se complicou ainda mais para o Marítimo. Samuel viu o cartão vermelho direto por cortar a bola com a mão, após remate de Gonçalo Guedes. O árbitro Carlos Xistra assinalou grande penalidade, convertida por Raul Jiménez, que tinha substituído Mitroglou, aos 57 minutos.

Com um resultado tão dilatado, Rui Vitória colocou em campo Rafa Silva, que regressou assim à competição dois meses e 10 dias depois - o último jogo tinha sido diante do Arouca (vitória por 2-1) a 09 de setembro -, no lugar de Cervi.

Em cima do apito final, numa altura em que o Benfica já tinha desacelerado a pensar no jogo frente aos turcos do Besiktas, para a ‘Champions', Gonçalo Guedes, com um remate de primeira à entrada da área do Marítimo, após canto cobrado por Pizzi, selou o 6-0 final.