Abel Ferreira: «O nosso adversário era muito forte na organização ofensiva»

"Apanhámos um grande adversário, talvez no melhor momento de forma da época, uma equipa muito intensa. Sabíamos que o fator emocional era muito importante neste jogo e que no início iríamos ter de ser uma equipa muito organizada, à procura de uma ou outra transição para procurar o espaço que o nosso adversário dava nas costas. Penso que o conseguimos fazer até chegar à vantagem.

Mesmo depois do 1-1, fomos à procura de continuar a meter pressão no adversário. Depois, fomos capazes de por calma no jogo. Disse aos meus jogadores que o resultado só se sabe no final. Era importante mantermos os nossos princípios e [continuar] focados nas nossas tarefas. Fizemos as substituições no sentido de tornar a equipa mais agressiva, porque precisávamos de ir à procura do resultado, pois estávamos a perder.

Infelizmente, no fim, num lance muito típico da equipa do Sporting, com um cruzamento ao segundo poste, um ponta de lança de referência [Bas Dost] e uma execução fantástica [para o terceiro golo do Sporting]. O resultado foi demasiado penalizador por aquilo que foi a nossa atitude durante o jogo e pelas circunstâncias em que o adversário chega à vantagem.

(Sobre o penálti que deu o empate ao Sporting) Tínhamos mais tempo para poder recuperar esse golo sofrido e fomos capazes de o fazer. O que me preocupa é que esses são fatores que eu não controlo. Sabendo o poderio que o nosso adversário tem, depois de ter sido assinalado um penálti, não é fácil ver, logo a começar a segunda parte, um penálti ser assinalado de forma categórica. Fomos capazes de dar uma resposta à altura e de se focar rapidamente na tarefa.

Se calhar, o [Sporting de Braga precisa de] um bocadinho de mais sorte com os árbitros. A minha preocupação, enquanto treinador, era com o facto de que não jogamos sozinhos. Sabíamos que o nosso adversário era muito forte na organização ofensiva. Fazer três golos, um deles anulado, contra este adversário não é fácil. Quero é ver um compromisso absoluto, uma atitude 'guerreira' do primeiro ao último minuto. Estou extremamente satisfeito com o desempenho coletivo e individual dos meus jogadores.

(Sobre as decisões disciplinares do árbitro Nuno Almeida) Dizer que a nossa equipa atravessa um momento de confiança absoluta é mentira. Este tipo de situações não abona em favor dessa confiança. A nossa estratégia, em parte, resultou. Fazer dois golos ao adversário e manter a inteligência emocional nesses períodos não é fácil. Gostaria que os nossos jogadores tivessem sido premiados com outro resultado".