Síntese: Paços Ferreira anula desvantagem de dois golos e empata com Aves

Carlos Ponck, aos oito minutos, e Salvador Agra, aos 11, marcaram para os avenses, tremendamente eficazes em todo o encontro, com três remates enquadrados no tempo todo, mas Pedrinho, aos 54, reduziu e Luiz Phellype, aos 87, restabeleceu a justificada igualdade, correspondendo à maior ousadia do seu técnico e ao querer da equipa.

Vasco Seabra, no Paços, repetiu o ‘onze’ utilizado na Madeira, com o Marítimo (derrota por 1-0), enquanto no Aves, Vítor Gomes surgiu na equipa inicial, em substituição do lesionado Washington, titular na derrota diante do Sporting (2-0), na ronda inaugural do campeonato, com Derley e Arango, este último cedido pelo Benfica, no banco de suplentes e, pela primeira vez, disponíveis para o técnico Ricardo Soares.

O Paços teve mais iniciativa no início, mas viveu sobretudo da disponibilidade de André Leão, a arrumar a casa a meio campo e a iniciar a construção de jogo, sempre mais efetiva a partir de lançamentos em diagonais para as costas dos defesas contrários, mas sem conseguir importunar o último reduto do Aves.

Mais experientes, os avenses conseguiram controlar todas as iniciativas e, com grande eficácia, ganharam uma importante vantagem no resultado, marcando dois golos em apenas três minutos.

Carlos Ponck desviou de cabeça na área um centro da direita de Salvador Agra, que anotou o segundo, isolado por Braga, num lance em que a defesa pacense foi apanhada em ‘contrapé’.

Os pacenses acusaram os golos e sentiram dificuldades em ligar o seu jogo, face a um Aves mais tranquilo e que ia gerindo a vantagem.

Vasco Seabra apostou em Welthon no início da segunda parte, fazendo entrar depois Mabil, que ‘revolucionou’ o jogo dos locais, e Luiz Phellype, numa aposta de risco que acabou por dar resultados.

Mais rápidos sobre a bola, ante um Aves aparentemente acomodado ao resultado, os locais reentraram na discussão do resultado por Pedrinho, aos 54 minutos, a emendar o passe de Bruno Moreira, que não desistiu de um lance junto à linha final.

Numa metade sem domínio absoluto de nenhuma das partes, e sob o efeito de intenso calor, o Paços jogava com a motivação de poder chegar ao empate, enquanto o Aves, que se preocupou sempre mais em ‘arrefecer’ o jogo' tinha menos margem para segurar a vantagem.

Pedrinho, aos 72 minutos, trabalhou o lance na esquerda, mas Bruno Moreira chegou atrasado ao centro e falhou o empate, que surgiria aos 87, por Luiz Phellype, a emendar na área o passe de Mabil, obreiro de toda a jogada pelo corredor esquerdo.

Welthon, em cima do tempo regulamentar, ficou perto da reviravolta no resultado, com um resultado frontal a passar muito perto do poste direito da baliza de Adriano Fachini.