Crónica: United, sem forçar, vence Benfica batalhador

Depois de uma primeira parte repartida, em em que United até falhou uma grande penalidade, os ingleses adiantaram-se em cima do intervalo, através de um autogolo do guarda-redes Svilar, que viu a bola bater-lhe nas costas após um remate do ex-benfiquista Matic, tendo sentenciado a partida aos 78, através de Blind, na conversão de nova grande penalidade.

Depois da vitória do CSKA sobre o Basileia, os campeões portugueses ficam, no entanto, ainda com uma muito remota hipótese de seguir em frente na prova, que passa por vitórias sobre russos e suíços, por números que invertam o 'goal-average', a par de mais duas vitórias, também, do ainda não apurado United.

Apesar de ter feito o seu melhor jogo das últimas semanas, o Benfica continua sem pontos, em quatro jornadas, contra seis de CSKA e Basileia e 12 do Manchester United, que ainda pode não chegar aos oitavos de final, apesar de estar perto de fechar em primeiro - só falta um ponto.

Tal como há duas semanas em Lisboa, o jovem guarda-redes Svilar foi uma das figuras do jogo - infeliz no autogolo que deu o primeiro dos ingleses, certo na grande penalidade que defendeu, quase sempre a dar confiança à sua equipa.

Depois de uma primeira fase de ascendente do Benfica, a equipa de José Mourinho terminou a primeira parte a pressionar o Benfica e foi nessa fase que chegou ao golo, aos 45 minutos.

O remate de longe do antigo benfiquista Matic embateu no poste, ressaltou para dentro e tabelou nas costas do esforçado jovem guarda-redes, que se tinha atirado bem, a defender o seu ângulo.

Svilar já tinha defendido uma grande penalidade aos 15 minutos - muita culpa para o remate 'frouxo' de Martial - e foi forçado a novo castigo máximo aos 78 minutos. À segunda, não pode fazer nada para travar o remate de Blind, bem ao centro da baliza.

O 2-0 acabava por ser um resultado 'pesado' para o campeão luso, que equilibrou o jogo, não desistiu de construir jogadas e procurar o golo, geralmente com pouco acerto, é facto.

A grande ocasião para a equipa da Luz aconteceu aos 65 minutos. Raul Jimenez intercetou um passe de Bailly, a 25 metros, avançou para a baliza e rematou de pé esquerdo, com a bola a bater no poste de De Gea.

Cinco minutos antes, o jovem Diogo Gonçalves também tentara a sua sorte: a passe de Salvio, desembaraçou-se de Chris Smalling e rematou cruzado, forte, com De Gea a afastar em esforço, com a mão.

Mesmo com Mourinho a assumir que a equipa não ia poupar esforços, o que se viu no entanto foi uma equipa anfitriã a não forçar muito, de início, e sobretudo na segunda parte, depois de assegurada a vantagem, aparentemente já 'a pensar' no complicado jogo da 'Premier League' contra o Chelsea.

O Benfica, desinibido, mas sem elementos desequilibradores, tarda o relançamento, na época. Diogo Gonçalves, no ataque, foi um dos mais batalhadores, ao lado de Jiménez, hoje opção em detrimento de Jonas.

Filipe Augusto nem chegou a entrar em jogo, lesionando-se no aquecimento, e foi substituído por Samaris, sem melhorias sensíveis do meio-campo.

Com um golo marcado e 10 sofridos em quatro jogos, as estatísticas vão apontando para uma das piores campanhas de sempre da equipa da 'águia', na 'Champions', mesmo que hoje tenha estado bem distante, para melhor, do 'massacre' de Basileia.