Mercado: FC Porto abriga-se em Galeno e resolve Semedo, Sporting traz Slimani e Edwards

O avançado brasileiro e o defesa português chegaram aos ‘dragões’ no final de um mês em que Sérgio Conceição viu partir os influentes Luis Díaz, Sérgio Oliveira e Jesús Corona, tendo criticado o planeamento da SAD e admitido reformular objetivos, numa altura em que segue na frente da I Liga e continua na Taça de Portugal e Liga Europa.

Com uma passagem entre 2016 e 2019 pelo Dragão, Galeno não convenceu o treinador do FC Porto e rumou ao Sporting de Braga, por 3,5 milhões de euros (ME), deixando os ‘azuis e brancos’ com direito a receber 50% de uma futura venda ou pagar a cláusula de recompra de nove ME, opção tomada pela administração liderada por Pinto da Costa.

Se o extremo vem suprir a vaga de Luis Díaz, Rúben Semedo era um nome falado há semanas para reforçar um eixo defensivo afetado pelas lesões de Pepe e Iván Marcano, chegando cedido pelos gregos do Olympiacos, com uma opção de compra de 5,5 ME.

Formado no Sporting, do qual saiu em 2017, o internacional luso tem estado na berlinda nos últimos meses, com diversos casos polémicos fora dos relvados, estando sem competir desde 01 de dezembro de 2021 e com um jogo realizado em seis meses.

O luso-canadiano Stephen Eustáquio também foi cedido pelo Paços de Ferreira ao FC Porto com opção de compra, que inscreveu o brasileiro Fernando Andrade, a recuperar em solo nacional de uma lesão ligamentar sofrida ao serviço dos sauditas do Al-Fahya.

Já o campeão nacional Sporting viveu uma agitada reta final de mercado, ao oficializar já depois da meia-noite o regresso do avançado argelino Islam Slimani, que alinhou em Alvalade entre 2013 e 2016, horas depois de ter rescindido com os franceses do Lyon.

Figura consensual nos ‘leões’, o goleador abdicou de quase metade da verba auferida na ‘Ligue 1’ para cumprir o ansiado desejo de voltar ao clube que o projetou no topo do futebol europeu, tentando reduzir a distância pontual para o FC Porto no topo da I Liga.

Se Islam Slimani configurou um negócio de oportunidade, o inglês Marcus Edwards era o alvo pretendido por Rúben Amorim para aquilatar o ataque e preparar a sucessão do espanhol Pablo Sarabia, que deverá retornar ao Paris Saint-Germain no final da época.

O extremo implicou um montante de 7,67 ME por metade do passe, que é dividido com o Tottenham, fazendo regressar em definitivo o angolano Bruno Gaspar ao Vitória de Guimarães, que ainda recebeu o moçambicano Geny Catamo por empréstimo e garantiu direito de preferência sobre o equatoriano Gonzalo Plata, caso este saia do Valladolid.

Ao contrário dos rivais FC Porto e Sporting, o Benfica esteve longe do fulgor financeiro ostentado em recentes janelas de transferências e gastou apenas 1,4 ME para adquirir à Chapecoense o defesa brasileiro Tiago Coser, que irá integrar a equipa B das ‘águias’.

Nessa tendência alinhou o Sporting de Braga, igualmente assente no recrutamento de jovens para a formação secundária, como o ítalo-mexicano Eugenio Pizzuto (ex-Lille), o norte-americano Isaiah LeFlore (ex-Kansas Academy) e Rúben Fonseca (ex-Tondela).

Num mês caracterizado por ajustes cirúrgicos nos plantéis, além da retração financeira gerada pela pandemia de covid-19, os clubes da I Liga desembolsaram perto de 18 ME, verba afetada pela predominância de empréstimos, vários deles com opção de compra.

Portimonense, Paços de Ferreira, Arouca e Famalicão foram os que mais se reforçaram, todos com cinco ou mais reforços, enquanto Marítimo, Boavista e Belenenses SAD não contrataram, num mês que teve alguns negócios sonantes fora da órbita dos ‘grandes’.

Depois de ter brilhado no Benfica e passado pelo Sporting de Braga, o argentino Nicolás Gaitán (ex-Peñarol) voltou ao futebol português pela porta do Paços de Ferreira, com o Arouca a recrutar o compatriota Alan Ruiz (ex-Arsenal Sarandí), ex-jogador do Sporting.

À Serra da Freita chegou ainda o internacional brasileiro Wellington Nem (ex-Cruzeiro), antiga figura de Fluminense e Shakhtar Donetsk, com a mesma surpresa com que o internacional belga Kevin Mirallas, notabilizado no Everton, foi atraído pelo Moreirense.

O Vizela apostou no iraquiano Osama Rashid (ex-Khor Fakkan), um ano depois de ter saído do Santa Clara, que devolveu o colombiano Óscar Barreto à I Liga, tal como o Famalicão fez em relação a João Carlos Teixeira (ex-Feyenoord), para lá de ter acolhido os emprestados Diogo Queirós (ex-Valladolid) e Gustavo Assunção (ex-Galatasaray).