Francisco Neto: «Saímos daqui com essas ideias muito claras»

"Acima de tudo, houve duas partes distintas. Uma primeira parte em que nós não fomos tão capazes de ter bola, fomos muito solidárias a defender, apesar de não termos pressionado como gostaríamos, o que nos tirou algum jogo posicional no momento do ganho de bola. E alguma fadiga acumulada não nos permitiu ter bola e dominar o jogo, algo de que nós precisávamos.

Na segunda parte, conseguimos subir as linhas, conseguimos chegar no 'timing' de pressão correto, conseguimos ter mais bola, conseguimos crescer no jogo e aquilo que sinto é que o [segundo] golo foi contra a corrente do jogo, numa altura em que estávamos mais altos, a ter mais bola e a dominar mais. Faltou-nos ali algum discernimento no ataque ao último terço, para criar mais algumas oportunidades.

Duas partes distintas, a segunda bem melhor e mais próxima daquilo que nós pretendemos, mas também com alguns erros.

[Portugal mais preparado para os jogos de abril na qualificação para o Mundial2023] Sem dúvida, era esse o grande objetivo. Com mais jogadoras preparadas, com mais minutos em contexto internacional, depois de uma paragem de quase três meses.

Três jogos em contextos de adversidade imensa fazem com que as jogadoras percebam e nós, como equipa técnica e grupo todo, percebamos onde temos de andar, aquilo que de bom fizemos - e houve coisas boas que fizemos nos três jogos - e também corrigir o que de menos bom fizemos.

Apesar dos resultados, mesmo no primeiro jogo houve coisas que têm de ser sempre melhoradas e a Algarve Cup sempre serviu para isso, para nos balizar. Saímos daqui com essas ideias muito claras”.