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Crónica: Benfica aproveita 'eclipse total' do Sporting e salva empate em Alvalade

O Benfica adiou a festa da conquista do título nacional com um empate (2-2) frente ao Sporting, em Alvalade, num encontro em que recuperou de uma desvantagem de dois golos, aproveitando o ‘eclipse total’ dos ‘leões’ na segunda parte da partida.

Crónica: Benfica aproveita 'eclipse total' do Sporting e salva empate em Alvalade

No dérbi da 33.ª e penúltima jornada do campeonato, no Estádio José Alvalade, o Sporting chegou ao intervalo com uma justa vantagem de 2-0, tal a superioridade demonstrada, com golos de Trincão, aos 39 minutos, e Diomande, aos 44, mas tudo mudou de forma radical na segunda parte.

O Benfica melhorou e muito, enquanto os ‘leões’ desapareceram da partida, e a equipa de Roger Schmidt salvou-se da quarta derrota no campeonato com tentos de Aursnes, aos 71 minutos, e de João Neves, aos 90+4, o primeiro do jovem médio pela equipa principal.

Depois de três anos de ‘seca’, o emblema da Luz continua com todas as condições para assegurar o 38.º título da sua história, já que recebe o Santa Clara, último classificado e já despromovido, na última jornada, com dois pontos de vantagem sobre o FC Porto, que joga no Dragão com o Vitória de Guimarães.

Por seu lado, o Sporting disse definitivamente adeus à Liga dos Campeões (o Sporting de Braga agradeceu) com uma exibição que foi o espelho da temporada: excelente durante a primeira parte, completamente medíocre na segunda.

É difícil entender as razões para uma equipa completamente ‘bipolar’ como a do Sporting, que até nos descontos, já depois do golo sofrido de João Neves, podia perfeitamente ter sido derrotada (e dado o título ao Benfica) tal o completo desnorte dos jogadores.

Na primeira parte, o Benfica sobretudo caiu no erro de atuar em pressão alta, algo que a equipa de Rúben Amorim até agradece, tal a facilidade que tem em sair com a bola controlada e em ataques rápidos.

Por isso mesmo, os ‘encarnados’ tiveram muitas dificuldades nesta fase e o Sporting tomou conta da partida, criando várias oportunidades, com Nuno Santos muito ativo na esquerda e Esgaio e Edwards na direta.

Já depois de uma perdida incrível de Pedro Gonçalves, Vlachodimos fez grande defesa a remate de Esgaio e ainda defendeu a primeira tentativa de Trincão, que, à segunda, acabou por dar vantagem ao Sporting, aos 39 minutos, após passe fantástico de Nuno Santos.

Trincão escreveu o seu nome na lista dos marcadores da partida, mas pouco mais acabou por fazer no dérbi, tal a quantidade de passes e decisões erradas, bem como de duelo perdidos que somou. Saiu demasiado tarde aos 72 minutos.

Em vantagem, o Sporting viveu a sua melhor altura em todo dérbi e, com justiça, Diomande aumentou a diferença, com o seu primeiro golo pelo clube, aos 44 minutos, com Nuno Santos na marcação do canto.

Ao intervalo, o Sporting tinha a vitória no ‘bolso’, tal a superioridade demonstrada frente a um Benfica adormecido, e ainda poderia sonhar com o apuramento para a Liga dos Campeões.

Contudo, apesar das mesmas camisolas e números, a equipa que regressou ao relvado pareceu completamente outra, tal a diferença apresentada, perante uma equipa ‘encarnada’ que melhorou sim, mas que também beneficiou do eclipse total do rival.

Schmidt retirou João Mário (ex-Sporting e muito assobiado), que esteve notoriamente nervoso e instável durante a primeira parte, e lançou Bah, com Aursnes a subir no terreno, com a conhecido ‘frieza nórdica’ a resultar para o técnico alemão.

O Benfica foi outro, com Grimaldo igualmente a entrar em ação no lado esquerdo, enquanto do lado do Sporting o técnico Rúben Amorim mostrou-se perdido com a entrada precoce de Paulinho para a saída de Edwards, que estava a ser o mais desequilibrador por parte dos ‘leões’.

Ugarte, com nova exibição gigantesca no meio campo do Sporting, ainda tentou disfarçar o ‘apagão’ do Sporting e do seu treinador, mas Aursnes, aos 71 minutos, reduziu justamente a diferença, dando esperanças legítimas ao Benfica.

Após o golo sofrido, o Sporting ainda conseguiu reagir e esteve perto do terceiro golo, com Paulinho, naquilo que tem sido o ‘espelho’ da sua passagem por Alvalade, a falhar o que seria o triunfo garantido dos ‘leões’ e, mais uma vez, o Benfica ganhou confiança e chegou mesmo ao empate.

Nos descontos, num lance confuso, Franco Israel, guarda-redes que rendeu Adán, castigado, e que esteve em excelente nível, ainda impediu um primeiro remate de João Neves, com uma defesa impressionante, mas o jovem médio foi mais rápido do que todos e fez com sucesso a recarga.

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