O Benfica sofreu uma amarga deceção na Liga Europa, sendo eliminado pelo Marselha por 4-2 nos penáltis. Numa partida onde bastaria um empate para para garantir a passagem às meias-finais da competição, a derrota tornou-se ainda mais surpreendente e dolorosa para a equipa encarnada.
“O Benfica nunca se encontrou, nunca foi uma equipa a sério", observou o ex-jogador e treinador Augusto Inácio.
O técnico Roger Schmidt optou por manter a mesma equipa que venceu pela margem mínima na primeira mão (2-1), seguindo a máxima de que "equipa que vence, não se mexe". No entanto, essa estratégia não foi suficiente para garantir o resultado desejado, com o Benfica a sofrer uma derrota nos penáltis e ser afastado da prova.
Ángel Di María, peça fundamental da equipa, esteve em campo durante todo o jogo, mas falhou na hora dos pontapés decisivos, bem como António Silva. Este resultado deixa o Benfica com poucas possibilidades de conquistar títulos nesta temporada, com a Supertaça Cândido de Oliveira como único troféu até ao momento.
Com apenas cinco jornadas restantes no campeonato, as hipóteses do Benfica de vencer a prova são reduzidas, dependendo não apenas de vitórias consecutivas, mas também de escorregadelas dos seus rivais.
A equipa de Roger Schmidt enfrenta agora o desafio de manter o foco e a determinação, começando pela partida contra o Farense na próxima segunda-feira, no Algarve.
O ex-futebolista e atual comentador Augusto Inácio ofereceu uma análise incisiva sobre a desapontante eliminação do Benfica na Liga Europa. Num momento em que a equipa encarnada precisava apenas de um empate para avançar para as meias-finais da competição europeia, o resultado final representa um golpe duro nas aspirações do clube.
Em declarações à 'Rádio Observador', Augusto Inácio destacou a falta de ambição demonstrada pela equipa, evidenciada pela passividade no jogo frente ao Marselha.
"O Benfica não conseguiu pegar no jogo, deixou o Marselha jogar, deixou o Marselha ir para cima", sublinhando a inércia demonstrada pelo Benfica, apesar da sua superioridade teórica.
Além disso, o comentador manifestou a sua opinião de que uma abordagem mais ofensiva poderia ter sido mais benéfica para o Benfica.
“Era preferível o Benfica ter perdido no Estádio da Luz, porque de certeza absoluta que iríamos encontrar um Benfica igual àquilo que jogou contra o Sporting as duas vezes. E teríamos um Benfica muito mais ambicioso".
Augusto Inácio também refletiu sobre o trabalho de Roger Schmidt ao longo da temporada, destacando as dificuldades enfrentadas pela equipa. “O Benfica nunca se encontrou, nunca foi uma equipa a sério. Tinha muitas soluções e o treinador não soube aproveitar."
Quanto ao futuro do técnico alemão, Augusto Inácio apontou para a incerteza que paira sobre a sua continuidade no Benfica, observando que "se a decisão for para o treinador do Benfica sair, é uma decisão que vai custar 22 milhões de euros."
Contudo, recorde-se, é grande a insatisfação entre os benfiquistas, com alguns a assumir que se o treinador "ama o Benfica, ele devia sair do Benfica".