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Blatter reconhece que «os alicerces da pirâmide da FIFA estão a abanar»

O presidente da FIFA, Joseph Blatter, candidato único à sua sucessão, considerou hoje que “os alicerces da pirâmide” do organismo a que preside “estão a abanar” na sequência das acusações de corrupção que se abateram sobre a instituição.

“Eu estava confiante, mas agora já não tenho a certeza sobre nada. O futebol deve desempenhar um papel unificador. Eu acreditava que estávamos num mundo de ‘fair-play’ e disciplina, mas deixou de ser assim e a pirâmide da FIFA abana nos seus alicerces”, disse Joseph Blatter no discurso de abertura do 61.º Congresso do organismo na cidade suíça de Zurique.

Blatter admitiu que existe o perigo do “arrastamento deste clima de suspeição”, mas defendeu que é possível “lutar de modo a que o futebol possa desempenhar o seu papel unificador no futuro”.

Estas declarações de hoje do presidente da FIFA contrastam com as que proferiu segunda-feira à noite, quando foi ‘bombardeado’ pelas perguntas dos jornalistas e a quem negou que o futebol estivesse em crise.

“Que crise? O que é uma crise? O futebol não está em crise, vocês viram a final da Liga dos Campeões Europeus no sábado. O que há são dificuldades a ultrapassar”, disse então Blatter, para quem a forma de lutar contra a corrupção passa por adotar o seu programa de “tolerância zero” no combate a esse flagelo.

Desse programa constam medidas como a criação de novos instrumentos jurídicos e éticos e de um conselho de sábios constituído por personalidades selecionadas do mundo do futebol.

Dois destacados membros da FIFA, Mohammed Bin Hammam, presidente da Confederação da Ásia, que retirou a sua candidatura à presidência da FIFA, e Jack Warner, vice-presidente da CONCACAF, foram suspensos enquanto decorre uma investigação interna por causa de alegados atos de corrupção presumivelmente associados às eleições de 01 de junho.

Na semana passada, a Federação Inglesa de Futebol solicitou o adiamento das eleições para a presidência da FIFA, solicitação que mereceu desde logo o apoio da Federação escocesa, mas Joseph Blatter descartou a abertura de uma investigação ao processo de atribuição do Mundial2022 ao Qatar, como era pretensão das autoridades do Reino Unido, que criaram uma comissão parlamentar de inquérito.

Entretanto, os patrocinadores da FIFA, entre os quais a Coca Cola, a Adidas e a Visa, queixaram-se de que a sua imagem estava a ser afetada com os escândalos que envolvem aquele organismo, mas não anunciaram, para já, qualquer intenção de rescindirem os contratos em vigor.

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