Clubes quebram ciclo de prejuízos crescentes pela primeira vez em seis anos

Para o organismo que rege o futebol europeu, cujo Comité Executivo está reunido em Dubrovnik, na Croácia, a inversão da tendência é ainda mais significativa atendendo ao valor que os clubes conseguiram reduzir aos resultados anuais negativos, no total de 600 milhões de euros (ME).

“Este valor representa um decréscimo de 36 por cento em apenas um ano. Como é que isto foi possível tão rapidamente? Devido à introdução do ‘fair-play’ financeiro, claro”, justificou o secretário-geral da UEFA, Gianni Infantino.

De acordo com a UEFA, foi a primeira vez desde 2006, ano em que se começaram este tipo de dados, que o crescimento das receitas dos clubes superou o crescimento das despesas com salários (6,9 contra 6,5 por cento).

Os valores em dívida – a futebolistas, outros clubes e referentes a impostos – também sofreram uma redução considerável, de 57 ME em 2011 para nove ME em 2013, que a UEFA atribuiu às pesadas sanções impostas aos clubes incumpridores.

Relativamente aos números de 2012, em que a rubrica de valores em dívida ascendeu a 30 ME, registou-se um decréscimo de 70 por cento para 2013, o que levou o presidente da UEFA, o francês Michel Platini, a enaltecer os méritos do sistema.

“O ‘fair-play’ financeiro não é uma iniciativa unilateral do presidente da UEFA, mas um esforço conjunto de todo o futebol europeu: clubes, ligas e associações e ainda as entidades políticas da Europa. E como podemos observar por estes números, está a funcionar bem”, observou Platini.