O Paços de Ferreira impôs hoje a segunda derrota caseira ao Boavista, ao vencer por 2-1, resultado que lhe possibilita ascender, à condição, ao quarto lugar da Primeira Liga.
Em encontro da oitava jornada, os pacenses tiveram o jogo quase sempre controlado. Tiveram ocasiões de sobra para marcar mais golos, foram superiores, provaram ser mais fortes e, no entanto, foi por pouco e por culpa própria que não sofreram o segundo golo, já nos descontos, que daria um empate que o Boavista pouco fez por merecer.
Há um abismo de qualidade entre as duas equipas, com vantagem para o Paços de Ferreira. Tal, porém ,só ficou claro depois de uns 10 minutos iniciais de domínio repartido e de grande tranquilidade para os guarda-redes Mika e Defendi.
As coisas mudaram ligeiramente depois dessas tréguas iniciais e o Paços de Ferreira começou, então, a impor o seu futebol, com boas trocas de bola e ataques rápidos pelos flancos.
A estrutura “axadrezada” vacilou e, aos 14 minutos, cedeu mesmo, quando Urreta fugiu pelo corredor esquerdo e rematou. Mika ainda evitou o golo, mas bola sobrou para Edson Farias, que selou o resultado com que se chegou ao intervalo.
Confiante e seguro, Paços de Ferreira podia ter feito o segundo por Bruno Moreira (25, 37 e 45 minutos), na sequência de contra-ataques que surpreenderam o conjunto da casa, tanto pelo lado esquerdo como pelo direito.
O “filme” repetiu-se na segunda parte. O Boavista lutou e correu muito, mas teve pouca bola, decidiu mal quando a teve e foi traído pela sua ansiedade e impaciência, ao passo que o Paços de Ferreira fez valer a sua superior qualidade com um futebol fluido e às vezes atraente.
Bruno Moreira voltou a falhar o segundo tento, aos 48 minutos, cabeceando para fora uma bola cruzada por Hélder Lopes, e, aos 57 minutos, o Paços de Ferreira viu o árbitro anular-lhe um golo, por alegado fora de jogo de Edson Farias.
Depois de muito desperdiçar, Bruno Moreira aproveitou mais um bom cruzamento de Hélder Lopes para fazer o 2-0, aos 72 minutos, num tento que o Paços de Ferreira já justificava há muito tempo.
O Boavista, que havia esgotado as substituições aos 65 minutos, manteve-se fiel ao seu futebol direto, mas com pouca posse, e deu um “ar da sua graça” na reta final.
A equipa “axadrezada”, que só teve uma ocasião de golo na primeira parte, viu o árbitro anular-lhe um golo por alegada posição irregular de Uchebo (79 minutos) e conseguiu reduzir numa altura em que os pacenses pareciam satisfeitos e convencidos de que a vitória estava mais do que garantida.
Mas não estava, porque Uchebo, um atacante fisicamente poderoso, surpreendeu a defesa pacense e fez um golo aproveitando uma bola que parecia perdida, aos 86 minutos.
Já nos descontos, o mesmo jogador quase fez o empate. Valeu Defendi, que evitou o golo e um “golpe de teatro”, com uma grande defesa.
Depois de ter perdido com o Benfica, por 1-0, o Boavista sofreu, assim, a sua derrota em casa, continuando com sete pontos. Por seu lado, o Paços de Ferreira obteve a sua segunda vitória fora e tem agora 14 pontos.
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