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FIFA: Primeiro-ministro francês quer que investigação «vá até ao fim»

O primeiro-ministro francês disse hoje que "o futebol não pode ser sinónimo de corrupção", exigindo que "as diferentes justiças vão até ao fim" das investigações sobre indícios de corrupção na FIFA, organismo que rege o futebol mundial.

FIFA: Primeiro-ministro francês quer que investigação «vá até ao fim»

"O futebol não pode ser sinónimo de corrupção. O desporto representa valores de superação, de esforço, de abnegação, de solidariedade, de respeito. E tendo em conta as evidências, estamos, infelizmente, muito longe desses valores", lamentou Manuel Valls

O chefe do Governo francês disse que só pretende "uma única coisa: que as diferentes justiças vão até ao fim", lembrando que o futebol é o desporto mais popular e que o comportamento dos seus dirigentes, tal como os seus praticantes, "deve ser exemplar".

Na quarta-feira, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou nove dirigentes ou ex-dirigentes e cinco parceiros da FIFA, acusando-os de associação criminosa e corrupção nos últimos 24 anos, num caso em que estarão em causa subornos no valor de 151 milhões de dólares (quase 140 milhões de euros).

A iniciativa das autoridades britânicas surge depois de a justiça norte-americana ter revelado que os suspeitos utilizaram contas em bancos britânicos, nomeadamente, o HSBC, o Barclays e o Standard Chartered, para transferir fundos.

Entre os acusados estão dois vice-presidentes da FIFA, o uruguaio Eugenio Figueredo e Jeffrey Webb, das Ilhas Caimão e que é também presidente da CONCACAF (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caraíbas), assim como o paraguaio Nicolás Leoz, ex-presidente da Confederação da América do Sul (Conmebol).

Dos restantes dirigentes indiciados fazem parte o brasileiro José María Marín, membro do comité da FIFA para os Jogos Olímpicos Rio2016, o costarriquenho Eduardo Li, Jack Warner, de Trinidad e Tobago, o nicaraguense Júlio Rocha, o venezuelano Rafael Esquivel e Costas Takkas, das Ilhas Caimão.

A FIFA suspendeu provisoriamente 12 pessoas de toda a atividade ligada ao futebol: os nove dirigentes ou ex-dirigentes indiciados e ainda Daryll Warner, filho de Jack Warner, Aaron Davidson e Chuck Blazer, antigo homem forte do futebol dos Estados Unidos, ex-membro do Comité Executivo da FIFA e alegado informador da procuradoria norte-americana, que já esteve suspenso por fraude.

A acusação surge depois de o Ministério da Justiça e a polícia da Suíça terem detido Webb, Li, Rocha, Takkas, Figueredo, Esquivel e Marin na quarta-feira, num hotel de Zurique, a dois dias das eleições para a presidência da FIFA, à qual concorrem o atual presidente, o suíço Joseph Blatter, e Ali bin Al-Hussein, da Jordânia.

Simultaneamente, as autoridades suíças abriram uma investigação à atribuição dos Mundiais de 2018 e 2022 à Rússia e ao Qatar.

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