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Bola de Ouro: As polémicas continuam

No ano passado, por esta altura, escrevi neste espaço que a Bola de Ouro, prémio atribuído pela FIFA ao melhor jogador do Mundo, estava a perder importância devido às polémicas que envolviam o troféu. Passado um ano, pouco ou nada mudou. A entrega da Bola de Ouro continua a dividir o mundo do futebol.

Bola de Ouro: As polémicas continuam

No texto de novembro do ano passado que aqui escrevi ('Bola de Ouro: Uma marca que deve ser redefinida') dizia que o troféu atribuído ao melhor jogador do Mundo estava a perder prestígio e devia ser urgentemente reformulado, sob pena de perder valor e significado. Passado um ano a FIFA, a organização que atribui o prémio, nada fez e as polémicas à volta do mesmo vão-se acumulando.

A Bola de Ouro é uma das grandes imagens de marca da organização que tutela o futebol mundial. É, para mim e depois de tantas polémicas, incompreensível que a FIFA ainda não tenha feito nada para credibilizar a entrega do troféu de forma a devolver-lhe o significado que outrora já teve. Muitos são os que já se voltaram a pronunciar contra a Bola de Ouro.

«Em alguns casos, parece que estamos perante campanhas políticas. Em Inglaterra não é muito forte, mas noutros países parece que Obama está outra vez a concorrer à Casa Branca. E essa não é a cultura que queremos neste clube. A mentalidade que aqui existe não é a de se estar preocupado com isso», afirmou recentemente José Mourinho. O treinador português pretendeu assim desvalorizar um troféu individual num desporto que se quer coletivo.

O próprio Ribéry, finalista no ano passado com Cristiano Ronaldo - o vencedor - e Messi - segundo classificado - afirmou que a Bola de Ouro era mais um troféu político do que desportivo.

«Aprendi muito durante a festa de gala da Bola de Ouro no ano passado. Assim que cheguei, disse à minha mulher que eu não iria ganhar. Eu vi a forma como Blatter estava a abraçar Ronaldo e como toda a família dele estava lá. Não sou estúpido. Ficou claro que ele tinha que ganhar», confessou o jogador do Bayern de Munique.

O importante aqui não é saber se Mourinho e Ribéry têm razão já que os dois têm, muito provavelmente, as suas razões para desvalorizar o troféu. O que é grave é que sejam os principais atores desportivos a tirar crédito e importância ao galardão, o que tem sido prática ano após ano. Incompreensível é ainda o silêncio da FIFA. A organização mundial de futebol muitas vezes descredibiliza-se com declarações de dirigentes (as declarações de Blatter sobre Ronaldo na última edição) e com as escolhas dos jogadores que recebem os prémios (basta lembrar o prémio atribuído a Messi no último Mundial-2014, no Brasil).

Poucos são os que confiam nos critérios da FIFA. Algo tem de ser feito para voltar a dar crédito a um troféu que sempre foi visto como importante no mundo do futebol, sob pena de a gala da Bola de Ouro se transformar numa feira de vaidades e pouco mais.

Este texto é resultado da colaboração semanal entre o Futebol 365 e o blogue marcasdofutebol.wordpress.com. Esta parceria procura analisar o desporto-rei a partir de um ângulo diferente: a comunicação.

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