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Michel Platini anuncia recurso para o Tribunal Arbitral do Desporto

O francês Michel Platini anunciou hoje a intenção de recorrer para o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) da sanção que lhe foi imposta pela FIFA, de suspensão de toda a atividade ligada ao futebol.

Michel Platini anuncia recurso para o Tribunal Arbitral do Desporto

A FIFA confirmou hoje sanção a Michel Platini e ao suíço Joseph Blatter, embora anunciando a redução de oito para seis anos das suspensões dos dois dirigentes, na sequência dos recursos apresentados por ambos na comissão de recurso da FIFA.

Líderes das duas maiores instituições internacionais de futebol, Blatter e Platini foram punidos devido a um controverso pagamento, considerado ilegal, de 1,8 milhões de euros em 2011 por alegado trabalho de consultadoria realizado pelo francês nove anos antes, em 2002.

“As acusações contra mim não têm fundamento, são fabricadas e são surreais em face das explicações que deu na audiência perante a instância de recurso”, afirmou, em comunicado distribuído pelos seus advogados.

Platini acusou a Comissão de Recurso de ter efetuado “com uma arrogância insuportável” a comunicação da sanção, justificando a redução da sanção com os “serviços prestados” pelo presidente suspenso da UEFA.

“Que valor tem uma justiça, que fixa sanções em funções da reputação”, comentou Platini.

Para o dirigente, a sanção de que foi objeto "é uma decisão política tomada pela administração da FIFA, uma autêntica burocracia sem contrapoder".

"Sou vítima de um sistema que tem como único objetivo impedir-me de me candidatar à presidência da FIFA para proteger certos interesses, que me propus abolir", disse.

A FIFA elege na sexta-feira o nono presidente em 112 anos de história, entre cinco candidatos que se propõem reabilitar o organismo regulador do futebol mundial de um escândalo de corrupção sem precedentes.

O ítalo-suíço Gianni Infantino, de 45 anos, e o xeque do Bahrein Salman bin Ebrahim al-Khalifa, de 50 anos, são os favoritos à sucessão de Joseph Blatter, de 79 anos, que anunciou a demissão a 02 de junho de 2015, quatro dias após ter sido reeleito para o quinto mandato consecutivo.

Além do secretário-geral da UEFA e do presidente da Confederação Asiática de Futebol, concorrem também ao lugar de cúpula do futebol mundial o príncipe jordano Ali bin al Hussein, derrotado por Blatter nas eleições de maio de 2015, o francês Jérôme Champagne e o empresário sul-africano Tokyo Sexwale.

O suíço ocupou a presidência da FIFA durante 17 anos, entre 1998 e 2015 – número apenas superado pelo francês Jules Rimet (1921-1954) e o brasileiro João Havelange (1974-1998) -, mas foi empurrado para uma saída pouco recomendável, suspenso por oito anos pelo organismo que liderou durante quase duas décadas, tendo hoje visto a pena reduzida a seis anos.

Pelo caminho ficou a candidatura de Platini, que numa fase inicial se perfilava como o ‘sucessor natural’ de Blatter, mas que também acabou suspenso por oito anos pela Comissão de Ética, na sequência do caso do recebimento de 1,8 milhões de euros do presidente demissionário da FIFA, e que também viu hoje a pena reduzida para seis anos.

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