Marítimo: Ulisses Morais demitiu-se

Em conferência de imprensa, em que esteve presente o presidente da SAD e do clube maritimista, Carlos Pereira, e onde não houve lugar a questões por parte dos jornalistas, o agora ex-treinador ''verde-rubro'' justificou a sua decisão pelos maus resultados desportivos alcançados pelo clube, longe dos desejados lugares europeus.

O treinador reconheceu que, desde que chegou à Madeira, sempre teve o apoio do presidente, da Direcção e dos jogadores, mas sublinhou que a situação se inverteu: ''a partir de determinada altura, mais explicitamente esta época, nunca encontrei o apoio e a tranquilidade necessários para fazer um trabalho com a maior tranquilidade possível''.

''A partir deste momento, é o Marítimo, jogadores e Direcção, na pessoa do seu presidente, que precisam de fazê-lo, para que, não sendo eu o pólo negativo, passem a existir apenas pólos positivos'', referiu.

Ulisses Morais disse também acreditar ''que ainda está ao alcance do Marítimo alcançar esta época uma qualificação europeia''.

Carlos Pereira afirmou-se ''surpreendido com a decisão comunicada esta manhã'' por Ulisses Morais, porque para ''o Marítimo o importante era preparar o futuro com tranquilidade''.

''Não penso em números, penso em tranquilidade e na felicidade da instituição'', disse o dirigente, que realçou ainda a grande dignidade profissional de Ulisses Morais e a relação de amizade que entre os dois ficou estabelecida.

Ulisses Morais deixa o Marítimo na 10ª posição da classificação da Liga portuguesa de futebol, com 29 pontos, já um pouco longe dos lugares que dão acesso à Europa, isto após a derrota caseira sofrida domingo frente ao Sporting de Braga (2-1).

Por enquanto não se sabe quem será o sucessor de Ulisses Morais, mas tudo indica que o lugar será ocupado provisoriamente pelo técnico adjunto João Abel, que hoje orientou o treino matinal.

LUSA