O diretor do Dakar, Etienne Lavigne, confessou hoje que sonha com uma edição do rali todo-o-terreno que atravesse Argentina, Chile, Peru, Equador e Colômbia e que seria batizada como “Dakar Pacífico”.
“O meu sonho é organizar um dia, se tiver a sorte de poder fazê-lo, um traçado que atravesse o continente de norte a sul. Temo-lo quase pronto no papel, mas a ideia é sair do Chile ou de Buenos Aires [Argentina] e subir até Cartagena, na Colômbia”, revelou Lavigne em conferência de imprensa.
O diretor da mais conceituada competição de todo-o-terreno disse imaginar um percurso que inclua a Argentina, o Chile, o Peru, o Equador e a Colômbia.
“É o meu sonho, o meu íntimo desejo. É um traçado incrível e fantástico. Chamar-lhe-íamos ‘Dakar Pacífico’, seria algo enorme. O Dakar não é apenas um evento desportivo, também é um acontecimento social e cultural em cada país”, acrescentou o francês no acampamento de La Paz, na Bolívia.
O francês explicou que, embora neste momento estejam concentrados nesta edição, os organizadores estarão abertos a todas as propostas de países que queiram receber a prova mal sejam conhecidos os vencedores de 2017.
“Há futuro para o Dakar neste continente, tanto no Peru como no Chile e em outros países”, assegurou.
Lavigne justificou ainda a decisão de suspender a etapa deste sábado, que ia ligar Oruro e La Paz, por considerar que era “impossível” para a organização preparar o setor cronometrado devido à tempestade que se fez sentir na zona.
O diretor do Dakar contou também que 21 dos participantes dormiram a noite passada dentro dos carros, a 4.000 metros de altitude, mas garantiu que todos estão bem.
No domingo, a caravana cumprirá o dia de descanso em La Paz, com a corrida a recomeçar na segunda-feira com a sétima etapa, que levará os pilotos até Uyuni, num percurso de 622 quilómetros, 322 dos quais cronometrados.